UNFPA discute prevenção da gravidez na adolescência com servidores do Paraná

por ONU Brasil
Novo relatório publicado por agências da ONU mostrou que taxa brasileira de gravidez na adolescência está acima da média latino-americana e caribenha. Foto: EBC
Novo relatório publicado por agências da ONU mostrou que taxa brasileira de gravidez na adolescência está acima da média latino-americana e caribenha. Foto: EBC
Entender como temas ligados ao corpo e ao afeto evoluíram ao longo do tempo e refletir sobre como esses assuntos fazem parte do dia a dia dos adolescentes. Estes foram os pontos que guiaram o segundo módulo de capacitação do projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná, uma parceria entre o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a Itaipu Binacional.
As oficinas foram realizadas nos dias 10 e 12 de julho e tiveram a participação de 100 profissionais das áreas de educação, cultura, saúde e assistência social que trabalham diretamente com adolescentes.
A primeira oficina foi realizada no dia 10, em Guaíra (PR), e a segunda, em Medianeira, no dia 12. Segundo Cintia Cruz, analista técnica do projeto e responsável por conduzir este módulo de formação, a atividade buscou promover a contextualização dos conceitos de Corporalidades e Afetividades, e trazê-los para a reflexão sobre o empoderamento feminino.
“Também foi uma atividade construída para pensar como esses profissionais podem oferecer suporte para adolescentes em seus municípios dentro desta perspectiva”, declarou.
A enfermeira Dácia Regina Hassemer trabalha com o atendimento direto a adolescentes no sistema público de saúde na cidade de Entre Rios do Oeste. Para ela, é fundamental ter essa troca de informações e de experiências de diferentes setores sobre o tema para que profissionais se sintam mais preparados para atender adolescentes de maneira adequada.
“Hoje vivemos uma realidade totalmente diferente da que eu tive na minha adolescência. Com a internet, adolescentes têm acesso a informações de forma muito fácil, e nem sempre correta. Esse contato com profissionais de diferentes áreas é muito importante para trocar informações e maneiras de atender esses adolescentes melhor, de maneira mais receptiva”, declarou.
Capacitação em Medianeira (PR) - 12/07/2019

Segundo módulo

Este foi o segundo de seis módulos de capacitações previstas no projeto. O primeiro aconteceu em junho, nas cidades de Pato Bragado e Medianeira, e teve como tema Adolescências e Direitos.
Dentro desse módulo, da oficina realizada no dia 10, participaram profissionais dos municípios de Guaíra, Terra Roxa, Mercedes, Nova Santa Rosa, Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, São José das Palmeiras e Santa Helena. Na oficina do dia 12, participaram equipes dos municípios de Missal, Itaipulândia, Ramilândia, Medianeira, Matelândia, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu.
Ao todo, 51 municípios fazem parte do projeto. As capacitações estão sendo realizadas em cinco momentos e em regiões distintas, para que os grupos de participantes sejam pequenos e os debates tenham maior participação dos profissionais. As oficinas fazem parte do eixo Saúde do projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná.
Iniciado em 2018, o projeto também prevê ações em educação, gestão do conhecimento e comunicação. As ações têm foco no desenvolvimento socioeconômico da região, criando e ampliando oportunidades para que adolescentes e jovens contem com serviços acolhedores de saúde e com profissionais preparados, e tenham garantidas condições de ampliar suas habilidades para a vida e competências socioemocionais.
O Brasil registra um alto índice de gravidez na adolescência. De acordo com o último Relatório Sobre a Situação da População Mundial, a taxa no país é de 62 jovens gestantes a cada 1 mil, que é maior do que a taxa mundial, de 44 a cada 1 mil. Prevenir e oferecer respostas para a gravidez não intencional na adolescência, de forma que as pessoas jovens tenham acesso a informações e conhecimentos e possam planejar adequadamente sua vida reprodutiva, está entre as prioridades do UNFPA.

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