Banco Mundial vai injetar US$ 100 milhões na economia rural do Ceará

por ONU Brasil
Projeto do Banco Mundial visa tornar produção de agricultores familiares mais resiliente ao clima. Foto: Banco Mundial/Mariana Ceratti
Projeto do Banco Mundial visa tornar produção de agricultores familiares mais resiliente ao clima. Foto: Banco Mundial/Mariana Ceratti
Um novo projeto do Banco Mundial vai beneficiar mais de 90 mil moradores de zonas rurais do Ceará. Aprovado na quinta-feira (18), o programa vai injetar 100 milhões de dólares na economia agrícola do estado, a fim de ampliar o acesso de pequenos produtores a mercados, promover a resiliência dos agricultores às mudanças climáticas e expandir serviços de água e saneamento.
Embora represente apenas 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, a agricultura é a principal atividade econômica nas áreas rurais. A agricultura está diretamente relacionada à segurança alimentar e nutricional.
O projeto Desenvolvimento Rural Sustentável e Competitividade do Ceará (Fase II) busca preparar os pequenos produtores para lidar com problemas associados ao clima. Com 91% de seu território em regiões semiáridas, o estado é um dos mais secos do Brasil e sofre com estiagens prolongadas e desertificação.
Nos últimos seis anos, a produção de milho, feijão e arroz e a criação de animais (bovinos, suínos e aves) foram afetadas por uma seca persistente, que levou a quedas na renda dos agricultores.
A economista agrícola Barbara Farinelli, do Banco Mundial, explica que a nova iniciativa do organismo financeiro dá continuidade a uma parceria já estabelecida com o governo cearense.
"Nessa nova fase, o projeto vai dar maior ênfase na sustentabilidade dos investimentos, considerando o momento econômico do país e os desafios climáticos do estado", aponta a especialista.
"O projeto vai levar os investimentos produtivos e de água para onde haja maior probabilidade de produzir impactos sustentáveis, aprimorar o processo de seleção e apoio técnico das organizações beneficiárias e dar ênfase a grupos vulneráveis, incluindo povos indígenas, mulheres e jovens.”
O governador do Ceará, Camilo Santana, aponta que esse tem sido um dos projetos mais importantes do governo.
"Buscamos, cada vez mais, apoiar o agricultor rural, dando condições de trabalho e melhorando a infraestrutura. Valorizar a agricultura familiar sempre será uma prioridade nossa", afirma o chefe do Executivo estadual.
Paloma Anos Casero, diretora do Banco Mundial para o Brasil, aponta que o programa "ajudará a construir uma economia rural mais próspera, inclusiva e resiliente ao clima, melhorando as condições de desenvolvimento humano para a população rural do Ceará”.
Para promover o crescimento socialmente inclusivo e o desenvolvimento sustentável, a iniciativa do organismo financeiro vai:
  • Aumentar a produção, aprimorando a tecnologia agrícola;
  • Elevar o valor bruto das vendas realizadas pelos membros das organizações apoiadas pelo projeto;
  • Melhorar o acesso dos produtores rurais ao mercado;
  • Ampliar o acesso a fontes de água tratada e a serviços de saneamento;
  • Fortalecer a capacidade institucional e de coordenação dos principais órgãos setoriais envolvidos na implementação dos programas e políticas de desenvolvimento do estado.
O investimento de 100 milhões de dólares será feito por meio de um empréstimo, com contrapartida de 53,5 milhões de dólares. O prazo de vencimento é de 25 anos, com carência de cinco anos.

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