Quanto mais rica a família, maior a pegada ecológica
Por Redação TN / EcoD
Por Redação TN / EcoD
Se todos os habitantes da Terra tivessem o
mesmo estilo de vida do paulistano, seriam necessários dois planetas e
meio para sustentar esse padrão de consumo. A avaliação faz parte de um
estudo desenvolvido pela WWF e pela Ecossistema Consultoria Ambiental.
O levantamento constatou que quanto mais rica é a família, maior é a
sua pegada ecológica. A pegada ecológica mede o impacto do estilo de
vida sobre os recursos naturais e aponta a área que seria necessária
para manter o estilo de vida. Para garantir o padrão, o paulistano
precisaria de 4,38 hectares, já o paulista, 3,52 hectares. O planeta
tem a oferecer 1,8 hectare por pessoa.
Foram
levados em consideração as emissões de CO2, o hábito de comer carne, a
moradia, o lazer e o consumo. “Conhecer a pegada não resolve todos os
problemas ambientais, mas é um indicador importante do monitoramento
dos recursos naturais. Depois do cálculo tem de haver mobilizações para
que o consumo seja mais racional e após iniciar a fase de compensação”,
ponderou Michael Becker, o coordenador do estudo, ao Estadão.
Caso
o mundo não resolva o problema até 2030, seriam necessários dois
planetas Terra para sustentar a atividade humana. A biodiversidade
também se encontra em uma tendência descendente, a pegada ecológica do
planeta Terra, ilustrada como a demanda por recursos naturais,
tornou-se insustentável.
Famílias
Para
as famílias do estado de São Paulo que ganham até dois salários mínimos
é necessário uma área de 1,8 hectare por pessoa. O índice é o mesmo
constatado em Gana – um dos países mais vulneráveis do mundo em nível
social. Já entre as que têm rendimento de mais de 25 salários mínimos,
a área chega a 11,5 hectares por pessoa (nível próximo ao do líder do
ranking – os Emirados Árabes, com 10,68).
Segundo
o diretor executivo da consultoria, Fabrício de Campos, os brasileiros
têm que atentar para o tipo de alimento que consomem. A carne vermelha
tem um grande impacto na pegada ecológica, devido a área utilizada para
a criação dos animais. A criação de gado representa 0,95 hectare dessa
pegada (a média mundial é de 0,21). No levantamento, a agricultura foi
responsável por 0,8 hectare, quando a média dos outros países é de 0,59.
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