Exposição
Arquitetos projetam moradias sustentáveis para favelas cariocas
Por Mehane Albuquerque, Redação TN
Foi inaugurada ontem (26/6), no Studio-X, na
Praça Tiradentes, Centro do Rio de Janeiro, a exposição Favelacity
Exchange, com maquetes e imagens de projetos desenvolvidos para
modernizar as favelas cariocas, levando em conta conceitos de
sustentabilidade. A mostra traz exemplos de construções que utilizam
concreto e tijolos feitos com materiais reciclados, edificações que
privilegiam a ventilação e iluminação natural e casas com sistemas de
reaproveitamento de água da chuva.
Os projetos
foram criados ao longo de um ano por alunos dos cursos de mestrado e de
doutorado em arquitetura da universidade suíça ETH Zurich, referência
mundial em pesquisa multidisciplicar e educação. Antes, porém, o grupo
de arquitetos visitou comunidades carentes cariocas, como a Cidade de
Deus, na Zona Oeste, para conhecer a realidade dos moradores, suas
relações sociais e as estruturas já existentes.
O
objetivo da exposição, segundo Rainer Hehl, diretor de Estudos de
Design Urbano da universidade, é apresentar ao Poder Público, às
organizações sociais que atuam nesses locais e aos próprios moradores,
opções de fácil implementação capazes de melhorar as condições de vida
nas favelas.
“As favelas vêm se tornando um
importante fator para a inclusão social com uma lógica própria de
crescimento. Por isso, analisamos esse novo paradigma e criamos
projetos para um desenvolvimento sustentável dessas moradias informais.
A ideia da exposição é mostrar tudo isso não só para arquitetos, mas
para um público maior que inclui associações de moradores e
organizações não governamentais que trabalham nessas regiões para
discutir e garantir acesso a informações importantes”, explicou.
No
caso da Cidade de Deus, o modelo de moradia sustentável proposto foi a
construção de blocos de habitação cooperativa com seis proprietários.
As casas podem ser construídas em cima das já existentes, mas de forma
que tenham um pátio interno que permita a entrada da luz solar e
viabilize a circulação do ar.
"Vimos que já
existem iniciativas interessantes no local e propomos um modelo que
aproveita a lógica que vem da área para atender ao crescimento da
comunidade, mas de forma sustentável", disse.
A exposição Favelacity Exchange estará aberta à visitação até 8 de julho.
*Com informações da Agência Brasil.
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