Fundação Clóvis Salgado abre inscrições para Cursos de Extensão da Gerência de Pesquisa e Extensão
Entre
as novidades, está a oficina de Origami com recuperandos do Ceresp/Betim
Evento: Ícones da Música Ocidental –
Análises de grandes obras da história da música dos Séculos XIX e XX
Local: Sala de Vídeo – Palácio das Artes –
Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro
Inscrições: até 5 de maio de 2015
Período
de Realização: 12 de
maio a 30 de junho de 2015
Vagas:
40
Evento: Curso Quadrinhos, Linguagem e
História
Local: Sala de Vídeo – Palácio das Artes –
Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro
Inscrições: até 5 de maio de 2015
Período
de Realização: 13 de
maio a 08 de julho 2015
Vagas:
40
Evento: Oficina
de Origami para professores
Local: Sala de Vídeo – Palácio das Artes –
Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro
Inscrições: enquanto durarem as vagas
Período
de Realização: 5 a 21
de maio de 2015
Vagas:
25
Informações
para o público: (31)
3236-7400
No primeiro semestre de 2015, a
Fundação Clóvis Salgado irá oferecer três cursos de extensão, voltados
principalmente para educadores e pesquisadores. A grande novidade desta edição
é oficina de Origami com os recuperandos do CERESP, Centro de Remanejamento do
sistema prisional de Betim/MG. Trata-se de um intercâmbio que, certamente, irá
beneficiar tantos os professores quanto os reclusos.
As inscrições estão abertas até o dia 5
de maio, para as oficinas Quadrinhos, Linguagem e História e Ícones da Música
Ocidental e enquanto durarem as vagas para a oficina de Origami.
Ícones
da Música Ocidental – Análises de grandes obras da história da música dos Séculos
XIX e XX
Em sua terceira edição, o curso é ministrado pelo
professor e maestro Andersen Viana e tem como objetivo proporcionar análises múltiplas de
grandes obras musicais e ícones da música dos séculos XIX e XX. A
atividade é voltada para jovens e adultos, e oferece 40 vagas, com
carga horária total de 40 horas.
Profissionais das artes cênicas, escritores,
bailarinos, músicos, estudantes do audiovisual e professores são os públicos
principais do curso, segundo o produtor cultural e músico Andersen Viana. Para ele, todos estão aptos a
participar das aulas, desde o leigo em música ao PhD em Humanas. “Podem
participar todos que tenham interesse pela arte em geral e que possam pesquisar
o assunto durante o período do curso”, aponta.
As aulas serão teóricas e práticas, com estudo de
textos acadêmicos analíticos já existentes sobre as obras a serem estudadas,
acesso a técnicas de criação de ensaios críticos, análise audiovisual através
das obras musicais produzidas em filmes, produção de ensaios pelos alunos, apresentação
de fábulas musicais, e discussões coletivas a fim de oferecer a base para as
análises sobre os ícones da música dos séculos XIX e
XX e suscitar o debate e a crítica.
Quadrinhos,
Linguagem e História
Ministrado
pelo professor Márcio dos Santos
Rodrigues, o curso aborda a linguagem das histórias em quadrinhos e o contexto histórico das
publicações. A atividade é voltada, principalmente, para profissionais de
educação das redes pública e privada e oferece 40 vagas, com carga horária total de 32 horas.
O
curso é recomendado para professores e educadores que buscam novas formas de
trabalhar a didática dentro de sala de aula, com a utilização de diferentes
linguagens. Por meio da narrativa dos Quadrinhos, o professor Márcio dos Santos
Rodrigues vai contextualizar as produções ao longo dos anos, bem como os vários
estilos e tradições em diferentes países.
Um
dos principais temas abordados pelo professor será o desenvolvimento da
linguagem didática nas HQ’s e seus usos no contexto educacional. Para isso, o
planejamento do curso abrange trabalhos norte-americanos, como Snoopy, Krazy
Kat e Little Nemo, produções mineiras, com destaque para o cartunista Lor, e o
estilo japonês, conhecido como mangá, além de produções europeias,
latino-americanas (Mafalda e trabalhos de Oestherheld) e africanas.
Oficina de Origami para professores - Durante
seis encontros, nos jardins do Palácio das Artes, 25 professores de escolas
públicas e privadas do estado vão ter a oportunidade de conhecer diferentes
formas de fazer origami – arte milenar japonesa que consiste em produzir
diversos objetos e seres a partir de dobraduras de papel.
Com
assessoria dos recuperandos integrantes do projeto Mãos pela Paz, do CERESP, Centro de Remanejamento do Sistema
Prisional de Betim/MG, a coordenadora do projeto Rosemary Campos, irá
introduzir os professores nos processos de produção de origami, uma arte que
pode ser utilizada na sala de aula para o ensino de diversas disciplinas como ciências
naturais e geometria.
O
encontro promete ser um intercâmbio que vai beneficiar tantos os professores
quanto os reclusos. De um lado, permite aos profissionais da educação a
desenvolver mais possibilidades de ensino dentro da sala de aula e aprimorar
suas técnicas e, por outro, é uma possibilidade dos recuperandos de atuarem
junto à sociedade. A participação no evento contribui para a regressão na pena
daqueles que já estão condenados.
Promovendo a reintegração -
Essa é a segunda vez que o Projeto Mãos
Pela Paz sai do CERESP. No ano passado, os recuperandos ofereceram uma
oficina durante a Virada Cultural, no
Parque Municipal. “Foi uma experiência maravilhosa. Foram várias crianças
acompanhadas dos pais esperando por uma oportunidade de participar”, conta
Rosemary Campos.
Rosemary,
idealizadora do projeto, completa que esse momento é muito importante também
para os detentos que têm a oportunidade de serem agentes positivos e
multiplicadores. “Eles estabelecem uma nova relação com as pessoas. Assumem a
possibilidade de poder ajudar, dividir o que sabem e são ouvidos enquanto fazem
isso. Toda essa relação é muito importante para mostrar que os centros
prisionais podem sim ser centros de recuperação”, completa.
O CERESP
O
Ceresp é um centro de internação provisória, onde os reclusos aguardam julgamento.
Após esse período, de acordo com o veredicto, são encaminhados para as unidade
prisionais ou liberados. Entretanto, algumas vezes, mesmo após condenados,
alguns recuperandos continuam no Ceresp, pelo seu envolvimento em projetos,
como o Mãos Pela Paz.
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