CPI Mista da Petrobras pode votar pedido de informações sobre imóveis de Graça Foster
Da Redação
Na última audiência, CPI Mista ouviu o gerente jurídico Cesar Borromeu (E)
A CPI Mista da Petrobras reúne-se na
terça-feira (2), às 14h30, para enfrentar uma pauta com 392
requerimentos que aguardam votação. Entre eles, o que pede averiguação
nos cartórios do estado do Rio de Janeiro sobre a situação de imóveis da
presidente da Petrobras, Graça Foster, e do ex-diretor da área
internacional da estatal Nestor Cerveró.
Segundo o jornal O Globo, eles
teriam doado imóveis a parentes após a divulgação de irregularidades na
compra a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O Tribunal de Contas
da União (TCU) ainda não decidiu se vai bloquear os bens de Graça
Foster. Na última quarta-feira (27), a maioria dos ministros votou pelo
não bloqueio dos bens, mas o julgamento foi interrompido.
O deputado Rubens Bueno (PPS-PR), autor
do requerimento, disse que se a denúncia se confirmar fica configurada
uma fraude contra uma decisão do TCU. O tribunal aprovou em 23 de julho
relatório do ministro José Jorge determinando que o ex-presidente da
Petrobras, Sérgio Gabrielli, e 11 diretores e ex-diretores da estatal
devolvam aos cofres da petrolífera US$ 580,4 milhões por prejuízos na
compra de Pasadena. O processo do TCU, porém, não cita Graça Foster
entre os responsabilizados.
Outro requerimento que deve provocar
debate, também apresentado por Rubens Bueno, postula a convocação de
Enivaldo Quadrado. Ele é apontado como um possível elo entre o esquema
do doleiro Alberto Youssef e pessoas envolvidas no mensalão.
A CPI mista da Petrobras também pode aprovar a convocação de Meire Poza, contadora de Youssef, objeto de três requerimentos.
Alberto Youssef está preso desde março.
Ele é acusado de ser o comandante de um esquema de lavagem de dinheiro
que teria movimentado R$ 10 bilhões. A Polícia Federal apura se o
esquema envolvia diretores da Petrobras, como Paulo Roberto Costa,
também preso.
Na última audiência da CPI Mista,
no dia 20, foram ouvidos o gerente jurídico internacional da empresa,
Carlos Cesar Borromeu de Andrade, e o gerente de Segurança Empresarial,
Pedro Aramis de Lima Arruda.
Agência Senado
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