Conteúdo adulto fica cada vez mais acessível a todas as idades
Você sabe como funciona a avaliação da classificação indicativa? Esse trabalho é feito pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (Dejus) do Ministério da Justiça para que conteúdos de entretenimento nos meios de comunicação sejam direcionados a um público específico, capaz de discernir e interpretar sem danos moral e intelectual.
Alguns produtos como filmes e jogos eletrônicos passam pelo estudo do Dejus e recebem a classificação, baseada no Estatuto da Criança e do Adolescente. Já na televisão, a classificação é feita de outra maneira. Cada emissora atribui uma idade para sua própria atração. Na TV aberta, contudo, só é possível que um programa vá ao ar dentro de horários que estão ligados às faixas etárias. Em suma, quando o programa não é recomendado, os pais trocam de canal e tudo certo.
Mas, apenas isso resolve? Controlar tudo que as crianças veem na TV, filmes e principalmente na internet é uma preocupação de todo pai e mãe cujo filho parte para a terceira infância (uma divisão pedagógica e psicológica sobre o desenvolvimento das crianças entre 7 e 14 anos). A partir dessa fase, ela toma conhecimento do seu poder de escolha e passa a tomar decisões simples, sempre supervisionados por um adulto.
No auge da curiosidade dos filhos, os pais percebem que não adianta apenas restringir o acesso às informações que não são recomendadas para eles, pois os filhos podem absorvê-las de qualquer lugar que não seja dentro de casa, pode ser na rua ou na casa de um amigo.
A coordenadora do Colégio Itatiaia, Regina Célia Rizzo, explica que este é o momento ideal para demonstrar o quanto os pais amam seu filhos, impondo limites. “Dentro de casa precisa haver regras, não apenas proibições. Quanto mais o adulto querer afastar algo de uma criança, mais ela vai querer aquilo, que é um processo natural no desenvolvimento”.
Regina também argumenta que embora haja uma avaliação formal para recomendar um conteúdo para a criança, os pais precisam ter o discernimento dentro de casa para dar a palavra final, mas a censura não deve ser supervalorizada. “A criança quer assistir a novela porque estará junto da mãe, às vezes, é o momento que ela encontrou para ter afeto. Caso aconteça alguma cena embaraçosa, é importante que a mãe (e o pai também) aja com simplicidade e sem complicar ainda mais as coisas”.
A partir dos seis anos de idade, é possível ter um diálogo de negociação com os filhos e isso ajuda muito quando as regras não estão ‘no agrado’ deles. Regina conta que “há um universo para a criança descobrir ainda, então é extremamente negociável trocar o ‘não recomendado’ pelo ‘recomendado’, que também vai agregar seu desenvolvimento”. E se o inevitável acontece, “dê uma ênfase positiva”.
Das situações mais simples às mais difíceis, é fundamental que os pais mostrem sua posição. “Limite é a maior forma de dar carinho, de demonstrar amor pelo seu filho e ele sabe disso, por isso, põe os pais à prova”, finaliza Regina.
É fato que o conhecimento está facilmente ao alcance das crianças e nem sempre os pais têm controle sobre todas as informações que eles recebem. Mais uma vez, a estrutura familiar moral e de princípios é que vão fazer a diferença para a construção do caráter e discernimento do pequeno, estando perto dos pais ou não.
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