Conselho de Cultura faz manifesto pelo Cine Teatro Ouro Verde
Os membros do Conselho Municipal de Cultura estão preocupados em criar mecanismos que mantenham a mobilização pela reconstrução do espaço cultural |
De acordo com o secretário municipal de Cultura e presidente do Conselho Municipal de Cultura, Leonardo Ramos, o município, por meio do prefeito Barbosa Neto e secretaria estão à disposição da reitoria da Universidade para auxiliar na reconstrução do Teatro.
“Logo na sequência do acidente, o Conselho, que é o colegiado mais importante da cidade, se reuniu com a preocupação de criar mecanismos que mantivessem a sociedade mobilizada. Além do manifesto, também teremos uma petição pública na internet”, adiantou Leonardo.
O Cine Teatro Ouro Verde, o maior de Londrina, foi inaugurado no dia 24 de dezembro de 1952 e foi tombado, enquanto a cidade vivia o auge da exploração cafeeira, daí o nome Ouro Verde. O projeto foi realizado pelo arquiteto Villanova Artigas.
Em 1978, o espaço foi adquirido pela Universidade Estadual de Londrina. Desde os anos 1980, o teatro abriga as mostras do Festival Internacional de Londrina (FILO). O acontecimento no espaço cultural, que completaria 60 anos de existência, gerou comoção na cidade, que atualmente está mobilizada pela sua reconstrução.
Leia abaixo a íntegra do texto do manifesto:
60 anos: O Teatro Ouro Verde não saiu de cena
Assim como sua construção, há 60 anos, foi fruto da ousadia e da união de londrinenses, a continuidade de sua história depende de todos nós que, de alguma forma, fazemos parte dela.
Nesses 60 anos de “Ouro Verde” o nosso maior presente é mantê-lo vivo. Para isso, consideramos que só existe uma perspectiva, reconstruí-lo.
Garantir a recuperação deste espaço tão rico de significados para a cultura paranaense é essencial.
Em 1978, o “Ouro Verde” tornou-se um espaço público através da iniciativa conjunta dos Governos Federal, Estadual, Municipal e da Universidade Estadual de Londrina. Ele é o grande cenário das artes e dos artistas londrinenses.
Neste momento de grande comoção, gerada pela tragédia que se abateu sobre nossa cidade, mais uma vez torna-se imperativa a articulação entre as esferas de Governo, Universidade e Sociedade Civil.
A ousadia, a união e a agilidade devem nortear sua restauração para que possamos recuperar o ícone que o Ouro Verde representa para nós londrinenses.
A dimensão dos desafios exige que coloquemos o melhor de todos nós a disposição desta tarefa.
Queremos somente o indispensável para que Londrina continue sendo um grande e qualificado pólo para as artes e a cultura: A construção do Teatro municipal, a estruturação de espaços para a manutenção nossa grande agenda cultural, momentaneamente desprovida de seu espaço de excelência e a reconstrução/restauração do Cine Teatro Universitário Ouro verde.
O indispensável é possível, sejamos ousados!
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