Curitibinhas se engajam na luta contra o trabalho infantil
As escolas da rede municipal de ensino participam ativamente da campanha Trabalho Infantil nem na Imaginação, lançada na última sexta-feira (15/6) pelo prefeito Rafael Greca, na Escola Municipal Heitor Alencar Furtado, na CIC.
Além de exposições, as escolas têm atividades pedagógicas relacionadas ao tema, como leituras de cartilhas e reportagens, produção musical, exibição de vídeos, palestras com representantes da Rede de Proteção, montagem de cataventos, que é o símbolo da luta contra o trabalho infantil, e estudos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Com trabalhos e debates, os estudantes contribuem para a conscientização da sociedade”, explica a superintendente de Gestão Educacional, Elisângela Mantagute.
Segundo ela, o envolvimento dos estudantes é muito importante, pois além de aprender eles atuam como multiplicadores em suas família e comunidades. “Escolas são sempre referência nas comunidades, e trabalhar temas como esse com as crianças é trabalhar a conscientização de muitas famílias”, diz Elisângela.
A Escola Municipal Batel, no Centro, apostou na criatividade. Os estudantes produziram jogos, poesias e até música sobre o tema. “Fizemos duas propostas de trabalho, uma para o 4º e outra para o 5º ano. Além de debater o tema em casa, como parte do trabalho, os estudantes apresentaram as produções às crianças mais novas, multiplicando assim o conhecimento e proporcionando interação maior entre as turmas”, relata a pedagoga Wlasta Maria Curi Staben de Moura Leite.
Em Santa Felicidade, as unidades realizaram, na semana passada, uma exposição pedagógica em alusão ao combate ao trabalho infantil. O objetivo da ação foi sensibilizar a comunidade para os prejuízos causados à criança quando submetida a trabalhos em regime de exploração.
A apresentação dos trabalhos foi na Rua da Cidadania de Santa Felicidade, onde os visitantes encontraram um pouco das produções realizadas pelas unidades sobre a temática. Cartazes, produções de textos, informativos e ilustrações diversas destacaram assuntos como bullying, direito da criança e deveres dos adultos que as atendem, prioridade de vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e situações de risco e vulnerabilidade infantil.
“Sabemos que a orientação dada é multiplicada e o conhecimento é levado para casa, mas é essencial que nossa comunidade também tenha acesso a informações tão importantes e, por isso, essa mostra contribuiu para um olhar mais próximo do tema apresentado pelas crianças”, comenta a chefe do Núcleo de Santa Felicidade, Denise Lipinski Rutkoski.
Já na Escola Municipal Wenceslau Braz, no bairro Boqueirão, os estudantes do 4º ano organizaram uma exposição sobre direitos humanos, com foco no trabalho infantil. Os cartazes estão expostos na escola.
O trabalho infantil, proibido por lei, é toda forma de atividade econômica e ou atividade de sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remunerada ou não, exercida por crianças e adolescentes que estão abaixo da idade mínima para entrada no mercado de trabalho, segundo a legislação em vigor no País. No Brasil, a idade mínima para o trabalho é 16 anos.
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