IBP completa 56 anos e comemora nova fase
O Instituto Brasileiro de Petróleo,
Gás e Biocombustíveis (IBP) comemorou nesta quinta-feira (21), 56 anos
de atividade. Com o novo slogan 'A casa da nossa indústria', a entidade
também oficializou a data 21 de novembro como o dia da indústria do
petróleo. "Depois vamos cuidar da formalização legal disso, mas
esperamos que a data oficial do dia 21 de novembro nos ajude na
divulgação e fixação da nossa indústria no calendário nacional com toda
população", comentou João Carlos de Luca, presidente do IBP, em coletiva
à jornalistas na sede do instituto no Rio.
Hoje,
a entidade está passando por uma nova fase composta não só de novas
instalações e gestão, mas atualmente está em fase final de elaboração do
seu primeiro planejamento estratégico - com assessoria da consultoria
Mackenzie -, que tratá grandes mudanças como maior profissionalização
dos cursos, melhoria na comunicação, ênfase em estudos e estatísticas,
atuação corporativa mais forte, profissionalização maior com a criação
de novos conselhos, dentre outros.
De
acordo com De Luca, o instituto realiza cerca de 2.400 reuniões por
ano, mas ainda precisa melhorar a área de processos, com o
estabelecimento de procedimentos padronizados, de modo a manter a
continuidade do sucesso dos eventos promovidos no país.
"Queremos
tornar o IBP ainda mais profissional. Nosso novo desafio agora é trazer
processos ao instituto. Queremos trabalhar melhor a gestão do
conhecimento porque pelo IBP passam grandes pessoas do mercado e temos
que aproveitar melhor isso. Vamos organizar e disponibilizar ainda mais
informações ao setor e aumentar a visibilidade de nossa indústria",
complementou Milton Costa Filho, secretário executivo geral do IBP.
Dentre
as conquistas já obtidas pela instituição, o presidente do IBP comentou
sobre a parceria fechada com a Offshore Technology Conference (OTC) e a
realização da primeira OTC Brasil este ano. Ele lembrou ainda do
importante acordo fechado este ano com o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que prevê a
capacitação e o aprimoramento do processo de avaliação de impactos
ambientais e o aperfeiçoamento da gestão ambiental, relacionados às
atividades de exploração e produção de petróleo e gás.
A palavra da vez é 'regularização'
O
presidente do IBP, assim como o secretário executivo de E&P da
instituição, Antônio Guimarães, ressaltaram a importância da
continuidade da regularidade das rodadas de licitação de petróleo e gás
no país.
"Não
tem como desenvolver a indústria se não tivermos blocos, então uma das
prioridades do nosso trabalho é ter a certeza que teremos regularidade.
Temos que ter previsibilidade das rodadas de licitação para que a
indústria local se planeje e
possa
atender melhor. Caso isso não ocorra não conseguiremos ter uma
sustentabilidade do setor e não conseguiremos desenvolver toda a cadeia
de fornecedores que é tão importante", indicou Guimarães.
Ele
lembrou que existe uma portaria publicada pelo Ministério de Minas e
Energia (MME), em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente (MMA),
sobre um plano quinquenal de rodadas, para definir quais blocos podem
ser ofertados e de que maneira isso será feito a cada cinco anos. No
entanto, ela ainda não foi posta em prática. “Estamos aguardando e
apoiamos que isso seja implementado. Quanto maior a regularidade, maior a
confiabilidade”, afirmou.
O
secretário executivo de E&P do IBP, informou ainda que atualmente o
IBP está terminando um estudo com a Associação Brasileira de Engenharia
Industrial (Abemi) sobre conteúdo local, uma análise de desenvolvimento
da indústria local a partir dos investimentos de E&P, tentando
trazendo uma visão diferenciada em como podemos contribuir para o
desenvolvimento da indústria e do conteúdo local, em um novo formato.
Fundado
em 1957 pelo ex-ministro do planejamento, Hélio Beltrão e o engenheiro
Leopoldo Miguez, o IBP foi criado como consequência da criação da
Petrobras em 1953 e objetiva ser um importante espaço - isento e
apartidário - de encontro e intercâmbio da indústria e o principal fórum
de discussão dos temas de maior relevância da indústria.
Com
mais de 200 empresas associadas, 1.700 voluntários e cerca de 60
comissões, a entidade tem como foco a promoção do desenvolvimento do
setor nacional de petróleo, gás e biocombustíveis, visando uma indústria
competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável.
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