Professores de ensino religioso têm formação em cultura oriental

Um grupo de 60 professores da Rede Municipal de Ensino de Curitiba participou, nesta quarta-feira (11/7), de um evento de formação sobre símbolos religiosos, linguagens sagradas e cultura do oriente, no Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico.
A exposição  “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses” reúne peças de arte asiática de forte conteúdo simbólico, vindas de países como China, Japão, Índia, Paquistão, Butão, Irã, Afeganistão e Myanmar que foram doadas ao museu pelo diplomata e colecionador Fausto Godoy, que assina, junto com Teixeira Coelho, a curadoria da exposição.
O grupo pode observar e conhecer detalhes das peças como as cerâmicas do Vale do Indo, com cerca de 7 mil anos (VIII milênio a.C.), gravuras japonesas e indianas, do período neolítico chinês, além de adornos e outros artefatos da Ásia Central. A ação formativa no museu integra o Veredas Formativas, o novo programa de formação de profissionais da rede municipal de ensino, lançado pela secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, na última segunda-feira (9/7).
O programa oferece mais de 31 mil vagas em diferentes modalidades de formação. O objetivo da aula de campo no museu, explica Adelita Cortez, da coordenadoria do Ensino Religioso da Secretaria Municipal da Educação, foi estimular os professores a observarem a arte sagrada representada pelas obras expostas.
“A experiência prática da visitação foi uma nova provocação para que o grupo reflita acerca dos objetivos de aprendizagem propostos no Currículo do Ensino Fundamental”, disse Adelita.
As aulas de ensino religioso nas escolas municipais exploram quatro matrizes religiosas, a indígena, a africana, a oriental e a ocidental. Ampliar o repertório dos professores é uma estratégia da Secretaria Municipal da Educação que está organizando a construção coletiva de uma caderno de sugestões de trabalho para o ensino fundamental.
Aula de campo
Enquanto acompanhava a aula guiada, a professora Clara Fernando Portella, da Escola Municipal Professora Donatila Caron dos Anjos, no Uberaba, teve ideias de como transformará em aulas o conhecimento aprendido no museu. Registrou em fotografias as peças que farão parte de uma aula cujo conteúdo começou a ser planejado durante a visitação. “É maravilhoso poder rever e aprofundar conteúdos, especialmente podendo ver obras que até então só estavam disponíveis nos livros ou pela internet”, disse Clara.
Para a professora, ensino religioso nas escolas é fundamental para a formação do pensamento crítico e cidadão. “Muito além de combater a intolerância o ensino religioso serve para criar uma visão mais abrangente de mundo”, afirma Clara.
Outra professora que já saiu do museu planejando atividades para as turmas foi  Cristiane Meri Pereira Bueno, da Escola Municipal CEI Issa Nacli, no Uberaba. “Estamos trabalhando a matriz indígenas, os deuses da natureza, que tem uma relação direta com os deuses das religiões asiáticas. Foi um momento importante para a minha formação e que certamente será transformado em conteúdo para meus estudantes”, disse Cristiane.

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