Operação UFRAP combate crimes cibernéticos no DF e no Goiás
Brasília/DF - A Polícia Federal
deflagrou hoje, 10, a Operação UFRAP, com o objetivo de combater
diversos pessoas que suspeitas de crimes cibernéticos na região do
Distrito Federal e Goiás. Desde as primeiras horas da manhã estão sendo
cumpridos 8 mandados de busca e apreensão em residências de pessoas
investigadas por fraudes bancárias, disseminação e armazenamento de
pornografia infantil, invasão de sistema de votação, todos os delitos
praticados por meio da rede mundial de computadores.
As equipes de policiais federais
realizam buscas em em Brasília/DF (Taguatinga, Águas Claras e Lago
Norte), Valparaíso/GO, Luziânia/GO, Rialma/GO e em Goiânia/GO com a
finalidade de apreender provas, bem como visando à descapitalização e
recuperação do dinheiro furtado mediante arresto de bens autorizados
judicialmente.
Um dos alvos da Operação é uma
quadrilha especializada em fraudes bancárias, os integrantes do grupo
falsificavam documentos junto a instituições bancárias, a partir do que
conseguia obter a liberação da senha de internet. De posse dessa senha,
invadia a conta do cliente do banco e efetuava transferências de valores
para contas de laranjas em diferentes localidades, onde o dinheiro era
sacado, consumando a fraude.
Em relação ao crime de invasão e fraude
do sistema de votação, refere-se às eleições do Conselho Federal de
Psicologia (CFP) de 2013. O fato, de competência da Polícia Federal,
ocorreu no dia 26 de agosto de 2013 e as suspeitas recaem sob um dos
candidatos que concorreram ao cargo de Presidente daquelas eleições.
Conforme apurado, após acessar o sistema de informações do CFP
disponível na rede mundial de computadores, o suspeito efetuou seu
próprio voto, às 08h28, e, em seguida, mediante falsa identidade,
modificou ou alterou o voto de outros vários psicólogos, com o objetivo
de vencer as eleições do CFP em 2013.
Além desses delitos cibernéticos, a
Polícia Federal também cumpre um mandado de busca e apreensão nesta data
contra um sujeito que se fazia passar por policial federal na região de
Valparaíso/GO. Foram apreendidos todos os bens que indicavam uso ilegal
de símbolos da Polícia Federal. A pena prevista para o crime de uso
indevido de símbolos da Administração Pública é de dois a seis anos de
reclusão.
Os crimes investigados estão previstos
nos art. 155, §4º, II, do Código Penal (pena de reclusão de 1 a 4 anos e
multa), Art. 288 do Código Penal (pena de 1 a 3 anos de reclusão), Art.
241-A (reclusão de 3 a 6 anos e multa) e 241-B (reclusão de 1 a 4 anos e
multa), do Estatuto da Criança e do Adolescente e art. 313-B, p. único
do Código Penal (4 a 32 meses de detenção e multa) e art. 307, do Código
Penal (detenção de três meses a um ano e multa). Com as ações de hoje, a
Polícia Federal sinaliza para a população que os crimes praticados na
rede mundial de computadores serão combatidos com rigor e os
responsáveis submetidos ao Poder Judiciário, para o fim de
responsabilização devida.
*O nome UFRAP é um acrônimo das
iniciais dos crimes investigados: Uso indevido de símbolo da PF, Fraude
bancária e Pornografia Infantil.
Operação Sin Fronteras
Os mandados contra pessoas investigadas
pelos crimes de pornografia infantil na Internet fazem parte de uma
ação maior, trata-se de uma operação transnacional contra o
armazenamento e a distribuição desse material. A Operação, sob a
coordenação da INTERPOL em Buenos Aires, envolve outros 14 países
(Argentina, Chile, Colombia, Costa Rica, República Dominicana, Equador,
Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Espanha, Estados Unidos e Uruguai),
e recebeu o nome de “SIN FRONTERAS” (“SEM FRONTEIRAS”). No Brasil estão
sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, sendo 2 no Distrito
Federal.
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