Voto do ministro Celso de Mello na AP 869 aborda princípio da presunção da inocência
Leia a íntegra do voto do ministro Celso de Mello na Ação Penal
(AP) 869. A ação foi julgada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal
Federal (STF) na terça-feira (29) e resultou na absolvição, por
unanimidade, do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) da acusação de
lesão corporal leve no âmbito de violência doméstica. Em seu voto, o
ministro salienta que o exame dos autos evidencia que o Ministério
Público, ao qual caberia demonstrar, de forma inequívoca, a
culpabilidade do acusado, “deixou de produzir prova penal lícita que
corroborasse o conteúdo da imputação penal deduzida contra o réu”.
Em sua fundamentação, o decano do STF destaca o princípio da não culpabilidade ou da presunção de inocência, inserido na Constituição Federal (artigo 5º, inciso LVII), o qual visa evitar que o acusado sofra punições antecipadas ou seja reduzido à condição de condenado unicamente com base em presunções contrárias imputadas contra ele. “De outro lado, faz recair sobre o órgão da acusação, agora de modo muito mais intenso, o ônus substancial da prova, fixando diretriz a ser indeclinavelmente observada pelo magistrado e pelo legislador”, acrescentou o ministro.
Relatada pelo ministro Teori Zavascki, a AP 869 teve como revisor o ministro Celso de Mello.
Em sua fundamentação, o decano do STF destaca o princípio da não culpabilidade ou da presunção de inocência, inserido na Constituição Federal (artigo 5º, inciso LVII), o qual visa evitar que o acusado sofra punições antecipadas ou seja reduzido à condição de condenado unicamente com base em presunções contrárias imputadas contra ele. “De outro lado, faz recair sobre o órgão da acusação, agora de modo muito mais intenso, o ônus substancial da prova, fixando diretriz a ser indeclinavelmente observada pelo magistrado e pelo legislador”, acrescentou o ministro.
Relatada pelo ministro Teori Zavascki, a AP 869 teve como revisor o ministro Celso de Mello.
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