Partidos fecham acordo para votar LDO na comissão em duas semanas
Os coordenadores
dos partidos na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização fecharam um acordo nesta quarta-feira (7) para votar em
duas semanas o relatório final do projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2016.
O acordo foi fechado depois que o
relator da proposta, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), concordou em
incluir no anexo de metas e prioridades, uma das partes da lei, as
emendas individuais apresentadas por deputados e senadores.
São 610 emendas que propõe ações
nos estados dos parlamentares. Elas haviam sido rejeitadas por Teobaldo
na esteira de um outro acordo fechado na comissão pelos líderes com o
governo, que previa, para 2016, a execução obrigatória de uma emenda de
cada uma das 27 bancadas estaduais, em troca da rejeição de todas as
emendas individuais ao anexo.
Este acordo, porém, foi criticado
pelo deputado Hildo Rocha (MA), um dos representantes do PMDB na
comissão, que anunciou a obstrução do partido à votação do projeto caso
as emendas individuais não fossem acolhidas.
-Você está cerceando nosso trabalho - disse Rocha.
Teobaldo decidiu, então, atender o
deputado para viabilizar a votação, mesmo advertindo que o governo
deverá vetar todo o anexo com os pleitos individuais.
- Isso é feito todo ano. Não vai ser diferente agora - disse.
Novo adendo
Na quarta-feira (14) o relator
deverá apresentar um novo adendo (o de número quatro) com alterações ao
substitutivo já apresentado por ele. O adendo deve incorporar novas
sugestões do governo ao texto da LDO. A princípio, segundo o relator,
não haverá alteração na meta de superavit primário.
Em agosto ele apresentou o
primeiro adendo reduzindo a meta para R$ 43,8 bilhões em 2016, sendo R$
34,4 bilhões de responsabilidade do governo federal e R$ 9,4 bilhões a
cargo de estados, Distrito Federal e municípios. O projeto original do
Executivo previa superavit primário total de R$ 126,7 bilhões.
Da Agência Câmara
Agência Senado
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