Secretários de Minas e Energia do país e concessionárias debatem desafios

Secretários de Minas e Energia do país e concessionárias debatem desafios
Fórum Nacional ocorreu no Palácio Bandeirantes, sede do governo do estado de São Paulo - Foto: Divulgação/SME
Para promover o debate do uso racional dos diferentes tipos de energia e as perspectivas de desenvolvimento do setor, ocorreu nesta sexta-feira (18), no  Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, reunião do Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia (FNSE).
Esta edição, que teve a presença do governador Geraldo Alckmin, foi organizada pela Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. "Sou um apaixonado pela federação. Um país é forte quando está unido. A energia, que é a base do desenvolvimento, também é o grande fator de integração nacional", afirmou Alckmin.
O secretário de Minas e Energia Lucas Redecker representou o Rio Grande do Sul. Entre outros assuntos, defendeu a ampliação do debate sobre a matriz energética brasileira. "O Rio Grande do Sul possui 90% das reservas de carvão do país, mas produz pouco mais de 9% de energia à base do mineral. Isso é uma incoerência. Precisamos dar um protagonismo maior para o carvão na produção energética, especialmente pela segurança que esta fonte nos proporciona em tempos de adversidades meteorológicas", ressaltou.
O encontro contou com a presença de representantes de 15 estados. "A pauta energética é um assunto nacional, e o Brasil é um país continental, onde cada região tem suas peculiaridades. Por isso, é fundamental que os estados tenham um fórum para debater e alinhar suas demandas conjuntas para serem apresentadas ao governo federal", disse o secretário de Energia do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles.
O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata,  falou sobre o quadro do segmento. "Vivemos um momento de dificuldades no setor elétrico. Nós, do Ministério, ouvimos críticas e sugestões para trabalharmos de forma integrada as soluções dos problemas", observou. Para o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, os desafios serão sempre compatibilizar a geração de energia com a transmissão em longa distância e diminuir atrasos dos empreendimentos.
"Precisamos aumentar a oferta de gás natural no Brasil, diversificando os ofertantes. A troca operacional de capacidade de abastecimento deverá ser um vetor de expansão de novos volumes, afirmou o presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon. Ele falou sobre os desafios da cadeia tributária do setor energético e destacou a participação do gás.
O executivo da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Franklin Miguel, debateu com os secretários um pacto para o setor elétrico. "O acordo setorial tem que evitar o aumento da dependência da geração intermitente e dos preços", frisou.
Sobre o Fórum
O Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia, renomeado Fórum Nacional de Secretários de Minas e Energia – FME foi instituído em 1995, com a finalidade de promover o debate em torno das questões energéticas do país e de ser um mecanismo de interlocução dos governos estaduais com o governo federal, as organizações empresariais e as instituições da sociedade civil organizada.
A entidade conta com a participação das 27 unidades da federação. Tem a missão de contribuir para o aperfeiçoamento da política energética brasileira e articular o fortalecimento da atuação das secretarias estaduais para assuntos de energia. É considerada um espaço de discussão apartidário e pluralista.

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