Santa Helena, no Paraná, contrata catadores e pagará pelo serviço de triagem.
Colaboradores: Secom/Santa Helena
Cidade participa do programa ambiental Cultivando a Água Boa
O município de Santa Helena
se tornou uma referência dentro da Bacia do Paraná III sobre coleta
seletiva, separação e destinação do material reciclável. A cidade já
realiza o serviços de coleta seletiva e dá suporte na recolha do
material com transporte, operador de caminhão, além da parte
administrativa. A partir de agora irá pagar pelo serviço de separação
envolvendo cerca de 40 famílias de catadores de materiais recicláveis,
fato inédito na região e inovador.
O município foi o primeiro a assinar o
contrato de serviços prestados com os catadores, a partir do Programa de
Coleta Solidária da Itaipu Binacional.
O evento aconteceu durante essa quinta-feira (13), na Câmara Municipal de Vereadores.
Na oportunidade a superintendente
regional do Instituto Ambiental do Paraná, escritório de Toledo, Maria
Glória Genari Pozzobon entregou a liberação ambiental para o
funcionamento da Usina de Reciclagem de Santa Helena.
O MNCR participou ativamente para
concretizar a parceria por meio de mobilização de Comitês de Catadores
na região, além de formações com catadores e sensibilização de parceiros
locais.
De acordo com Nelton Friedrich, Santa
Helena cumpre com dois objetivos principais que é a sustentabilidade e a
reutilização do material cuidando do meio ambiente e inclusão social.
“Esse é o momento que podemos avaliar o quanto conquistamos na
qualidade de vida, autoestima para uma categoria que hoje envolve mais
de 800 mil pessoas. Os catadores são extraordinários atores ambientais. O
município de Santa Helena está tendo uma posição de vanguarda no
processo e merece aplausos”, reforça o diretor.
O prefeito de Santa Helena, Jucerlei
Sotoriva, diz estar feliz e satisfeito com todas as ações realizadas na
Usina de Reciclagem e principalmente a valorização dos agentes
ambientais no pagamento do trabalho que realizam no município. “É a
valorização do trabalho prestado pelos agentes passando a pagar pela
tonelada recolhida. Em Santa Helena são recolhidos 70 toneladas por mês
de material reciclável, da qual beneficia 40 famílias. O catador é o
mais importante no processo que transforma o lixo e oportuniza a
reutilização”, reforça
Reciclômetro
Na oportunidade também aconteceu à
formação dos agentes ambientais e o lançamento do reciclômetro. Uma
proposta dentro do Programa Cultivando Água Boa/Coleta Solidária que
mostrará através de equipamentos o quanto é reciclado nos municípios,
quantas famílias beneficiadas, quantas toneladas recolhidas e
reutilizado. “Esse é um trabalho para refletir sobre o nosso lixo de
cada dia. Não precisamos tanto lixo. São cerca de 40 mil quilos de lixo
por segundo produzido pelas pessoas. A sociedade precisa contribuir para
reduzir a geração de resíduos de lixo, separar o lixo para que possa
ser reutilizado”, finaliza.
Contêiners
Para facilitar ainda mais a recolha e
principalmente a separação do lixo, a Administração Municipal de Santa
Helena adquiriu contêiners que serão distribuídos nas quadras da cidade e
do interior. Um será destinado para o alojamento do material reciclável
e outro para o lixo orgânico. “É a forma como se importamos uns com os
outros e fortalecemos laços. Com os contêiners será separado o lixo
para termos uma cidade bonita e organizada de forma permanente, além de
facilitar o trabalho dos catadores”, lembra.
O presidente da Associação dos Agentes
Ambientais de Santa Helena, Valdevino Lazarotto, enaltece a parceria com
a Itaipu Binacional e Administração Municipal. “É a realização de um
sonho. Muitas associações gostariam de fazer esse convênio e isso foi
possível em nosso município pela visão do prefeito Juce. A Usina de
Reciclagem de Santa Helena é exemplo para outros países e estados. O
objetivo é alcançar 100 toneladas por mês de lixo separado e chegar até
45 famílias trabalhando. Hoje nos sentimos valorizados” finaliza o
presidente.
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