Produtores rurais de MS participam de audiência pública para debater invasões indígenas
Cerca de 370 produtores rurais participam na manhã da
próxima segunda-feira (6/7), a partir das 10h, de uma audiência pública
na Assembleia Legislativa para debater as invasões de propriedades por
indígenas em Mato Grosso do Sul. Os produtores irão em caravanas
organizadas pela Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS de
diversos municípios, em especial aqueles que enfrentam o problema dos
conflitos fundiários.
A
audiência foi solicitada pelos deputados estaduais Mara Caseiro (PTdoB),
Zé Teixeira (DEM), Paulo Corrêa (PR), Antonieta Amorim (PMDB) e Eduardo
Rocha (PMDB) após pedido feito pelos produtores rurais durante a
reunião ocorrida no dia 29 de junho, na sede da Assomasul - Associação
dos Municípios de Mato Grosso do Sul, para tratar do mesmo tema.
De
acordo com os dados da Famasul, atualmente o Estado tem 88 propriedades
rurais invadidas por indígenas. Deste total, três foram invadidas nas
últimas semanas. "É cada vez mais urgente que sejam tomadas medidas
definitivas para solução deste problema que há anos gera violência e
insegurança no campo. A sociedade muitas vezes não percebe que o
produtor sofre a violência dentro da sua casa injustamente, porque todas
as propriedades invadidas têm documentação legal e reconhecida pelos
órgãos públicos", ressalta o presidente da Federação, Nilton Pickler.
Segundo
o presidente da Famasul, a instituição busca a pacificação e os meios
legais para a retomada da posse das propriedades invadidas. "A federação
tem atuado no sentido de orientar os produtores a buscar a Justiça e
sempre evitar a violência".
Durante
o encontro na Assomasul, Mara Caseiro disse que as invasões são uma
ação orquestrada para acabar com o setor produtivo no País. “Me causa
indignação ver as pessoas terem que sair de suas casas, vendo suas
propriedades invadidas sem nada poderem fazer. Me causa desespero saber
quer as propriedades estão sendo depredadas, que as lavouras e insumos e
estão sendo destruídos, e ninguém faz nada. Rasgam a Constituição
brasileira e fica tudo por isso mesmo”, disparou.
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