Arrozeiros apresentam problemas do setor ao Ministério da Agricultura
Com o objetivo de buscar soluções para conter a crise
de preços do setor arrozeiro, representantes de entidades estiveram em
Brasília conversando com integrantes do Ministério da Agricultura para
debater a situação dos produtores do grão. Entre os temas em pauta
estiveram a renegociação junto às instituições financeiras em relação à
tomada de recursos em safras anteriores. Os dirigentes foram recebidos
pelo secretário de Política Agrícola da pasta, André Nassar.
Segundo
o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande
do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, a mensagem que os arrozeiros
queriam transmitir de que o setor não vive um bom momento foi elucidada.
Informa que o ministério disse que estaria trabalhando junto aos bancos
no sentido de facilitar as renegociações. "Isto é algo momentâneo do
mercado e que precisamos diminuir a oferta para chegarmos a uma
estabilidade e posterior aumento dos preços. Eles se comprometeram a se
empenhar de conseguir os alongamentos sobre a renegociação de 2013 com o
objetivo de dar mais serenidade ao mercado para que os produtores
possam negociar melhor o produto", salienta.
Sobre
o preço mínimo, foi ratificada a posição de que os números foram
estudados junto ao setor e as entidades e enfatizada discordância com o
valor de R$ 29,68 estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), ficando aquém da média levantada pelo órgão junto aos
produtores durante o mês de março. "Eles ratificaram o posicionamento de
que não iriam reconsiderar este valor. A imagem que a Conab passou para
nós foi de uma total falta de transparência. Analisando a tabela que
eles divulgaram, não era aquela que as entidades que haviam validado.
Apontamos falhas claras sobre metodologias que não estavam corretas",
explica Dornelles.
Apesar
de um endurecimento por parte do governo em relação aos números, O
presidente da Federarroz salienta que ainda há a expectativa de mudança
nestes números já que não foram votados pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN). Uma audiência pública na Câmara dos Deputados será realizada dia
8 de julho para debater o assunto do preço mínimo e custos de produção
do arroz. Além da Federarroz, participaram da reunião representantes do
Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Federação da Agricultura do Rio
Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do
Rio Grande do Sul (Fetag), parlamentares gaúchos e catarinenses e
representantes dos produtores.
Nestor Tipa Júnior
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