Sistema educacional de Portugal será apresentado em seminário em Porto Alegre


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  • Secretário recebeu diretor da Escola Profissional de Comércio de Aveiro
O secretário de Estado da Educação, Jose Clovis de Azevedo, recebeu na manhã desta terça-feira (16) o diretor da Escola Profissional de Comércio de Aveiro, de Portugal, Jorge Manuel de Almeida Castro. Ele está na Capital para participar como palestrante no Seminário Internacional de Educação que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) realizará nestas quinta e sexta-feira (18 e 19), no Salão de Ato da Ufrgs.

Almeida Castro é diretor executivo da escola, que completou 21 anos de atividades e é a única instituição de ensino profissional generalista do Concelho (Concelho, em Portugal, é uma divisão territorial, administrada por um município, enquanto que Município é uma autarquia local, constituída por diferentes órgãos) de Aveiro e uma das poucas do distrito.
O diretor português participa do Seminário Internacional no painel "Avaliação: controvérsias, perspectivas e impactos no trabalho docente". A escola de Aveiro é a única do país europeu a ter um sistema diferenciado de avaliação, em que toda a comunidade escolar opina sobre todos os agentes educacionais - alunos, professores e gestores. Essa experiência será mostrada por Almeida Castro no Seminário Internacional, na sexta-feira (19), pela manhã.

Sistema português de ensino
De acordo com Almeida Castro, o ciclo 2012-2013 (as aulas começam em setembro e se estendem até julho) é o primeiro em que é obrigatória a escolaridade de 12 anos de escola ou 18 anos de idade. Este período é chamado de Formação Inicial. Depois dos 12 anos de escola, ou dos 18 anos, o jovem entra na chamada educação de adultos. O diretor executivo destaca que, depois da formação inicial, o jovem pode cursar o ensino técnico ou preparar-se para a universidade.

Hoje, 120 mil alunos estão em cursos de educação profissional. Destes, 35 mil alunos estão nas 196 escolas profissionais "puras" portuguesas, que têm caráter privado, não têm fins lucrativos e são mantidas, em sua maioria, por recursos da União Europeia (UE). Dessas 196, seis são públicas. Essas escolas formam a mão de obra mais valorizada em termos técnicos do país. Os outros 85 mil alunos estudam nas chamadas escolas híbridas, em que a educação profissional se efetiva de forma concomitante à escola secundária que tem como prioridade levar o jovem à universidade (9º ao 12º ano). Os currículos são os mesmos, mas a empregabilidade dos jovens formados nas escolas mantidas pela UE é maior, de acordo com Almeida Castro.

A escola de Aveiro A escola profissional de Aveiro conta com 1.000 alunos - sendo 850 em formação inicial e o restante em formação de adultos e cursos modulares de curta duração. Tem orçamento anual de sete milhões de euros, oriundos da União Europeia e é a única no país que deve aumentar o número de estudantes e de recursos a serem recebidos no período 2014-2020 (os pacotes financeiros da União Europeia são para seis anos).
Há cursos de Educação e Formação, Cursos Profissionais, Cursos de Especialização Tecnológica, Cursos de Educação e Formação de Adultos e formações de curta duração para adultos, nos horários diurno e noturno. No site da escola (www.epaveiro.edu.pt), o estudante/candidato encontra a seguinte frase de boas vindas: "E se fosse bom fugir para a escola?", que ilustra uma campanha nacional implementada pela escola em parceria com empresas. Em pacotinhos de açúcar, a pergunta era respondida por alunos ou familiares - dos que já entraram na escola e daqueles que pretendem acessar o ensino no Aveiro.

Os cursos Na formação inicial, oferece 18 cursos diferentes, nos quais se inscrevem 37 turmas frequentadas por cerca de 850 alunos. Os Cursos de Educação e Formação de Jovens equivalem ao 9º ano de escolaridade: Ação Educativa, Eletricidade de Instalações, Instalação e Operação de Sistemas Informáticos, Instalação e Reparação de Computadores, Apoio Familiar e à Comunidade, Logística e Armazenagem, Práticas Técnico-Comerciais e Eletrônica de Manutenção. Os Cursos Profissionais têm equivalência ao 12º ano de escolaridade: Informática de Gestão, Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Higiene, Segurança do Trabalho e Ambiente, Animador Sociocultural, Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, Organização de Eventos, Apoio à Infância, Eletrônica, Automação e Comando, Eletrônica e Telecomunicações, Energias Renováveis.

A escola também oferta formações de curta duração a adultos que necessitam de qualificação profissional. Esses são cursos modulares que cobrem áreas de formação como Informática, Eletricidade e Energias, Eletrônica e Automação, Construção Civil e Engenharia Civil, entre outras.

Acompanha Almeida Castro na viagem ao Brasil o coordenador dos Serviços de Manutenção da Escola de Aveiro, João Pedro Martins. A agenda desta terça-feira (16) de manhã foi acompanhada pelas assessoras técnicas da Educação Profissional na Seduc Simone Demoly e Iara Aragonês.

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