Setor portuário está pronto para dar um salto de competitividade
O setor portuário está preparado
para melhorar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado
externo, a partir da nova Lei dos Portos, em vigor no país. A avaliação é
do coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das
Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Ricardo Portella
Nunes. Ele disse hoje (5) à 'Agência Brasil' que a autorização do
governo para construção de terminais portuários privados fora da área do
porto organizado “vai dar uma enorme competitividade à economia
brasileira”.
O
anúncio dos primeiros 50 portos privados que poderão ser abertos no
país foi feito esta semana pela presidenta Dilma Rousseff. As novas
unidades terão aporte de R$ 11 bilhões em investimentos da iniciativa
privada. “Esta é uma primeira lista. Vem mais coisa por aí”, comemorou
Nunes. Ele não tem dúvida que a construção dos 50 portos vai ampliar a
concorrência por carga entre os terminais, trazendo, em consequência,
uma tarifa melhor para os exportadores e importadores nacionais, e
aumentando a eficiência da economia. “Aumentando a eficiência da
economia, aumenta emprego, aumenta renda, aumenta tudo”, disse.
O
presidente do Conselho de Infraestrutura da Fiergs destacou que a nova
Lei dos Portos, cuja regulamentação foi publicada na sexta-feira (28) no
Diário Oficial da União, foi um passo “extremamente corajoso e
audacioso da presidenta Dilma Rousseff”. Ressaltou, ainda, que as
medidas estruturais terão repercussão positiva para o país no médio e
longo prazo, “porque representam novos investimentos e terão enorme
reflexo no comércio exterior e na competitividade dos produtos
brasileiros, já que os gargalos de infraestrutura são enormes”.
A
Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) tem o mesmo entendimento.
Para a entidade, a nova Lei dos Portos, bem como a recente medida
anunciada pelo governo federal, sinalizam para a oferta de operadores e
uma maior concorrência, gerando redução das tarifas portuárias. Segundo a
Fiesp, os investimentos previstos nos próximos cinco anos, da ordem de
R$ 50 bilhões, permitirão dobrar a capacidade dos portos brasileiros e,
também, a oportunidade de emprego.
Para
o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, resolver os gargalos de
logística vai permitir que a indústria brasileira seja mais eficiente.
Ele disse à Agência Brasil que da primeira lista de portos que poderão
ser abertos pelo setor privado, sete serão no Rio, para movimentar
contêineres. A soma destes portos com as unidades que o Rio de Janeiro
já tem para transporte de matérias-primas fará com que o território se
consolide como um “estado de logística”.
Vieira
acrescentou que o momento “é para comemorar”. Ressaltou que há vários
candidatos estrangeiros não só para licitar eventualmente os 50
primeiros terminais anunciados, mas também aguardando o anúncio de mais
portos a serem operados pela iniciativa privada. “O importante é que a
direção está correta, a mensagem é correta e há uma demanda de todos
nós, há muitos anos”.
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