Servidores federais que trabalham em região de fronteira poderão ter gratificação
Simone Franco
Sérgio Petecão defendeu extensão do benefício para fiscais agropecuários e do trabalho
Policiais federais, auditores fiscais,
fiscais agropecuários e do trabalho que atuam em áreas afastadas do país
poderão passar a receber gratificação de fronteira. O pagamento dessa
indenização - fixada em R$ 91,00 por dia de trabalho - está previsto em
projeto de lei da Câmara (PLC 47/2013)
aprovado nesta quarta-feira (17) pela Comissão de Constituição, Justiça
e Cidadania (CCJ). A matéria segue para votação em Plenário do Senado
com requerimento para análise em regime de urgência.
De iniciativa do Poder Executivo, o PLC
47/2013 recebeu parecer favorável do relator, senador Sérgio Petecão
(PSD-AC). Segundo frisou em seu relatório, a gratificação de fronteira é
devida apenas aos servidores efetivos destas categorias que ajam na
prevenção, no controle, na fiscalização e repressão de delitos
transfronteiriços. Caberá ao governo federal definir as localidades
estratégicas que irão compor as áreas de recebimento do benefício.
Apesar de isenta do Imposto de Renda de
Pessoa Física (IRPF), essa gratificação não poderá ser paga
cumulativamente com diárias, indenização de campo ou qualquer outra
parcela compensatória decorrente de trabalho em região de fronteira. Seu
pagamento terá efeito retroativo a 1º de janeiro de 2013.
Ressalvas
Embora tenham reconhecido o mérito do
PLC 47/2013, os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Pedro Taques
(PDT-MT) fizeram ressalvas a mudanças inseridas no texto original pela
Câmara dos Deputados. Ambos questionaram a constitucionalidade da
extensão da gratificação de fronteira para os fiscais agropecuários e do
trabalho, aprovada pelos deputados e mantida pelos senadores.
Segundo argumentaram, a inserção das
duas categorias pela Câmara não seria possível, a rigor, por gerar
despesas para um outro Poder, no caso o Executivo. Petecão ponderou pela
manutenção dos fiscais agropecuários e do trabalho, que também
participam, como observou, de ações conjuntas nas regiões de fronteira
com policiais e auditores fiscais federais.
- Não dá para desvincular e sacrificar
essas duas categorias. Se tiver de vetar [a extensão da gratificação de
fronteira], a presidente [Dilma Rousseff] veta - afirmou o relator.
O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) também
registrou seu apoio ao PLC 47/2013, observando que a fronteira do país é
enorme, sendo necessário, portanto, valorizar os servidores federais
que trabalham nessas localidades.
Agência Senado
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