Salinas sedia Festival Mundial da Cachaça entre os dias 12 e 14 de julho

Expectativa é que 20 mil pessoas visitem o evento, que terá a participação de 20 produtores da região
Divulgação/Emater-MG
Cachaça de Salinas é conhecida internacionalmente
Cachaça de Salinas é conhecida internacionalmente
A Associação dos Produtores Artesanais da Cachaça de Salinas (APACS), no Norte de Minas, realiza, entre os dias 12 e 14 de julho, o XII Festival Mundial da Cachaça. A expectativa é que 25 mil pessoas participem do evento durante os três dias. No local, será possível encontrar rótulos com preços que variam de R$ 12 à R$ 1.000 – caso Havana envelhecida 20 anos. O valor é quatro vezes maior se comparado ao de uma garrafa comum da mesma marca.
O festival terá participação de 20 dos 25 produtores de cachaça associados da APACS. Além dos produtores da bebida, haverá 65 estandes com representantes da área industrial, máquinas e fornecedores de insumos de Salinas e de outras regiões do Estado, propiciando mais oportunidades de negócios. Na oportunidade, a Emater-MG apresentará todos os trabalhos desenvolvidos na agricultura familiar e com o produto cana, que é a matéria prima básica para a produção da cachaça
O evento divulga cerca de 50 rótulos, com destaque para as marcas Havana, Anísio Santiago e Canarinha, muito procuradas, inclusive, pelo mercado internacional. As cidades de Taiobeiras, Novorizonte, Fruta de Leite, Santa Cruz de Salinas e Rubelita, associadas à APACS, também participam do festival divulgando suas produções.
O extensionista  Agropecuário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Sebastião Cezar Ferreira do Carmo, explica que o mercado consumidor aprecia a cachaça de Salinas em razão de vários fatores favoráveis que só a região possui, tais como o clima e o solo propícios para plantação da cana de açúcar, modernos equipamentos para a produção, as leveduras existentes, o processo de destilação, a higiene e o período de armazenamento em dornas de bálsamo, jequitibá e umburana.
“Esses fatores, certamente, diferenciam e agregam qualidade, paladar e aroma à cachaça de Salinas”, assinala o técnico. Segundo ele, outro ponto positivo qualidade é o esforço que a APACS faz na busca do Selo de Origem e Identificação Geográfica, que está no começo do processo de identificação e cadastramento dos produtores.
Certificação do IMA
No entorno de Salinas, existem 56 marcas de cachaças – dessas, 27 são fabricadas na cidade. Segundo levantamento da Emater-MG, a produção gera 400 empregos diretos e 600 indiretos na área urbana. Na zona rural, são 720 postos de trabalho entre diretos e indiretos. Em Salinas, 20 produtores têm alambiques próprios e existem também oito estandartizadoras e engarrafadoras que compram a cachaça de pequenos produtores e colocam a própria marca.
Nos últimos anos, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) certificou 14 marcas da bebida produzida na região. Também foram certificadas as marcas Fascinação, produzida na cidade de Fruta de Leite, e Salinas, feita no município de Novorizonte.
Indicação geográfica
Em 2012, a Emater integrou um comitê formado por diversas instituições e representantes de produtores para reivindicar e defender o reconhecimento geográfico da cachaça, em um processo que solicitou a concessão da Indicação Geográfica (IG) às aguardentes fabricadas em cidades da região: Novorizonte, Fruta de Leite, Santa Cruz de Salinas e parte do território de Taiobeiras. Todo o processo demorou cerca de dois anos e meio e contou com várias ações do grupo e da Emater.
Para o gerente regional da entidade em Salinas, Reginaldo Ângelo de Souza, que acompanhou o processo, “a obtenção da IG agrega valor à bebida e representa ganhos tanto para o consumidor, quanto para o produtor, pois dá a segurança de um produto único de uma região, tendo a garantia de paladar, cheiro e modo de fabricação”. "Os produtores ganham mais com o que produzem, melhorando a própria qualidade de vida e dos que participam da cadeia produtiva, como os agricultores familiares fornecedores da cana de açúcar e da mão de obra”, afirma Souza.
Das 21 indicações concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no país, Salinas é a segunda região brasileira reconhecida pelo órgão com indicação de procedência para a produção de cachaça. A primeira é Parati (RJ), indicada em 2007.

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