Protesto de estivadores paralisa carregamento de 13 navios
O porto de Santos, o maior do país,
está com as atividades parcialmente paralisadas nesta quarta-feira (10)
por causa do protesto de estivadores contra a reforma portuária,
iniciado às 7h.
A
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o
complexo, informou que, às 9h30, o carregamento de 13 navios estava
paralisado. No mesmo horário, 22 navios estavam sendo carregados
normalmente.
Segundo
a estatal, o reflexo do protesto é maior no embarque de "cargas
soltas", como veículos ou produtos em contêineres, que dependem mais da
intervenção manual.
Nas cargas embarcadas por esteiras, como açúcar e milho a granel, não há restrições.
Emprego
O
protesto reúne cerca de 200 pessoas. É organizado pelo Sindicato dos
Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, que tem 9.000
filiados.
Os trabalhadores temem a perda de emprego com a reforma portuária.
Segundo
as novas regras, os terminais privados podem contratar os empregados
diretamente, sem a intervenção do Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra).
"O resultado disso é que estamos perdendo trabalho", disse Rodnei Oliveira da Silva, presidente do sindicato.
O
protesto começou na frente do Posto de Escalação 3, na área do porto
conhecida como Ponta da Praia e seguiu por ruas do entorno do porto e
pelo centro da cidade.
Durante
todo o trajeto de cerca de dez quilômetros, os estivadores soltaram
rojões e fogos, o que assustou moradores que caminhavam pelo centro.
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