Preocupações ambientais pautam debate sobre exploração do carvão mineral

Preocupações ambientais pautam debate sobre exploração do carvão mineral

A exploração do carvão mineral no Rio Grande do Sul foi debatida por ambientalistas, empresários do setor e órgãos governamentais, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES–RS), em reunião realizada em 17 de junho. A intensidade das discussões gerou como encaminhamento a realização de um Diálogos CDES–RS sobre o tema, para a ampliação do debate junto à sociedade. Por meio do ambiente de concertação do CDES–RS, o Governo do Estado busca construir uma política ambientalmente responsável para a exploração desse recurso.

O diretor da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam), Nilvo Silva, esclareceu que o órgão atuará para o respeito aos padrões da emissão de poluentes e a minimização dos impactos ambientais. “É evidente que o uso do carvão gera preocupações do ponto de vista ambiental. A exploração do carvão é considerada uma das mais temerárias do ponto de vista técnico–legal. Certamente o licenciamento será muito rigoroso para minimizar os impactos”, assegurou.

O conselheiro Sergio Schneider argumentou que a questão ambiental não pode ser considerada como um empecilho, mas sim deve estar integrada ao próprio desenvolvimento. “Ou existe desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, ou não existe desenvolvimento”, afirmou. Para ele, é necessária a elaboração de um planejamento de longo prazo para a utilização de fontes de energia. “A sociedade espera que apresentemos um plano consistente sobre esse recurso”, disse.

“Não há tecnologia que dê conta dos malefícios do carvão mineral. Temos outras fontes de energia que podem ser utilizadas como energia solar, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas, entre outras”, registrou o professor aposentado da Ufrgs, engenheiro químico, geneticista e ex–presidente da Agapan, Flávio Lewgoy.

“O governo busca a orientação da sociedade civil para elaborar uma política responsável em relação ao uso do carvão no Estado”, explicou o secretário–executivo do CDES–RS, Marcelo Danéris. Envolver os diferentes atores na discussão sobre as questões ambientais relacionadas à exploração do carvão, desde as empresas do setor, órgãos do governo, movimentos sociais e especialistas, é o objetivo das atividades do Conselhão sobre esse tema.

Além de conselheiros do CDES–RS, estiveram presentes na reunião o secretário estadual de Meio Ambiente, Neio Lucio Pereira, o coordenador do Programa de Sustentabilidade para o RS, Francisco Milanez; os presidentes da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Elifas Simas, e da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica CGTEE, Sereno Chaise, além de dirigentes da empresa Copelmi e representante da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec).

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