Lei de Cotas completa 22 anos incluindo pessoas com deficiência no mercado de trabalho
Anote na agenda do dia 30: cerimônia para marcar o avanço da inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O evento dos 22 anos da Lei de Cotas (n. 8213/91) – organizado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo e diversas entidades com o apoio da Fiesp – enfatiza a data e a importância da inclusão ao promover a acessibilidade, o respeito e a cidadania.
Haverá abertura às 10h, na sede da Fiesp, com a participação de autoridades, incluindo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e do presidente da Fiesp/Ciesp/Sesi e Senai, Paulo Skaf. Logo após a cerimônia, os convidados atravessarão a avenida Paulista até a Rua das Flores (em frente ao prédio da Federação), acompanhados pelos bonecos de Vara e Banda do “Sussego” da APAE-SP. Lá, haverá expositores de órgãos públicos, movimentos sociais, ONGs, instituições educacionais, Sesi/SP e Senai/SP.
O presidente Paulo Skaf avalia que o Brasil registrou avanços nesse sentido, mas ainda há barreiras físicas e comportamentais a serem superadas na construção de um Brasil igual para todos: “O Senai-SP tem trabalhado pela inclusão no segmento industrial e a Escola Senai Ítalo Bologna, em Itu, é um centro de referência em pesquisa, desenvolvimento e capacitação, transferindo sua expertise para as demais escolas do Senai/SP, que mantém parcerias com mais de 400 empresas de diversos setores industriais.”, afirma. Ações como essa vão além da inclusão ao promover o desenvolvimento integral da pessoa com deficiência como profissional e especialmente como cidadão.
Na opinião do ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias, “a Lei de Cotas foi o grande marco da inclusão no Brasil, pois foi ela que abriu os caminhos na busca da igualdade e justiça para as pessoas com deficiência. Foram inúmeros os avanços ao longo desses 22 anos, mas agora é hora de unirmos governo, empregadores, trabalhadores e a sociedade para que mais conquistas sejam asseguradas”.
Já para Luiz Antonio Medeiros, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo (SRTE/SP), é preciso ter “treinamento, plano de carreira e boas condições de trabalho, tem que ser protagonista do seu futuro”, ao avaliar a prioridade da qualificação para as pessoas com deficiência.
Ações da Indústria - No evento, a Fiesp lançará o trabalho sobre Inclusão Social e Profissional – valorização da capacidade de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, que reúne ações da indústria e dados sobre a elaboração de programa de inclusão. O Sesi-SP divulgará informações sobre o Centro Integrado de Reabilitação Profissional e Inclusão da Pessoa com Deficiência (Santo André), além de outras unidades que realizam o mesmo trabalho, como as unidades do Ipiranga e da Vila Leopoldina, o Projeto Cão-Guia, os Esportes Paralímpicos e o Programa de Inclusão do Aluno com Deficiência Auditiva nas Escolas do Serviço Social da Indústria.
O Senai-SP (Itu) apresentará equipamentos adaptados e tecnologias assistivas desenvolvidas pela escola. Desde 1996, a escola se especializou na área de inclusão eficiente, fazendo a ponte entre a demanda da indústria e as necessidades específicas de trabalho dessas pessoas. Esta unidade de Itu tornou-se referência como centro de pesquisa e polo irradiador de tecnologias educacionais para 91 unidades fixas da rede e 74 móveis, por meio de parcerias com mais de 400 empresas de diversos setores industriais. Um vídeo preparado especialmente para o evento demonstrará as ações por parte da indústria, em São Paulo.
Empregos formais no Estado – segundo o Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), em 2009, 96.252 pessoas ingressaram no mercado de trabalho no Estado de São Paulo. Em 2010, 100.305. Em 2011, eleva-se para 110.605, incluídos nesta conta os 42.063 empregos formais gerados na indústria e na construção civil, representando 38% do total. Na indústria e construção civil, as ocupações mais recorrentes são alimentadores de linha de produção, preparadores e operadores de máquinas, almoxarifes e armazenistas, além de montadores na linha de produção e de equipamentos eletroeletrônicos, agentes, assistentes e auxiliares administrativos.
No Brasil, em 2010, foram registradas 306.013 vagas e, em 2011, 325.291. Percebe-se pelos números do RAIS que o Estado de São Paulo responde por praticamente um terço dos empregos formais para pessoas com deficiência no país.
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