Jorge Viana quer discutir a falência do sistema de transporte urbano

Da Redação
O senador Jorge Viana (PT-AC) comunicou nesta sexta-feira (5) que vai apresentar requerimento para a realização de debate no Plenário do Senado Federal sobre o sistema de transporte urbano do país. Na opinião do senador, o modelo de transporte público adotado pelo Brasil se esgotou, o que gera frustração nos habitantes de cidades que não funcionam e têm serviços públicos precários.
O tema, ressaltou Jorge Viana, precisa entrar com prioridade na agenda do país. A falência do sistema de transporte público, observou, é uma das principais reivindicações da sociedade, expressa durante as manifestações.
O senador mencionou matéria publicada pelo jornal Valor Econômico nesta sexta-feira a respeito do tema. De acordo com o reportagem, os subsídios dados ao transporte na União Europeia vão de 45% a 70% e, nos Estados Unidos, de 60 a 70%. No Brasil, disse ele, São Paulo recebe 20% de subsídios, índice ainda menor nas outras cidades.
Jorge Viana ainda observou, citando a matéria do jornal Valor Econômico, que Londres investiu mais de 9 bilhões de euros no sistema de transporte público, sendo que menos da metade desse total seria proveniente da venda de passagens. No Brasil, comparou, o financiamento do setor é bancado quase que totalmente pelas passagens, ou seja, pela parcela mais pobre da população.
Em decorrência da má qualidade do transporte público, observou o senador, a população adota o automóvel como meio de locomoção. Como resultado, as cidades ficam lotadas de carros, o que reduz a qualidade de vida nos centros urbanos.
- Certamente, no Plenário desta Casa vamos ter e colher grandes e importantes contribuições. E tomara que o Ministério dos Transportes mude sua agenda e coloque como agenda prioritária a discussão, o debate e a busca de solução conjunta entre a União, os estados e os municípios para o problema do transporte urbano no país – disse Jorge Viana.
Em aparte, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) disse que é preciso modificar a cultura do brasileiro de sair de carro e querer estacionar em frente ao local de destino. Para ele, é preciso “quebrar a cultura do veículo individual e estabelecer a cultura do veículo coletivo” para deslocamento das pessoas.
Agência Senado

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