Fundação Clóvis Salgado divulga vencedores do Prêmio Estímulo às Artes Cênicas 2013


Artistas receberão incentivo para as montagens e apoio para divulgação das temporadas no Teatro João Ceschiatti / Palácio das Artes

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) publicou nesta sexta-feira, 12 de julho, no Diário Oficial, o resultado do Prêmio Fundação Clóvis Salgado de Estímulo às Artes Cênicas de 2013, iniciativa do Governo de Minas e da Secretaria de Estado de Cultura. Com prêmios que variam entre R$ 30 mil e R$ 70 mil, o edital contemplou quatro projetos inéditos de Belo Horizonte, na categoria Montagem Teatro e Dança, e um do interior de Minas, na categoria 'Circulação', já encenado anteriormente. Na categoria Montagem – Teatro e Dança, venceram os proponentes: Variável Cinco Produções Artísticas e Sérgio Leite Souza Penna; no Prêmio Marcelo Castilho Avellar – Teatro e Dança, venceram: Fabiane Aguiar e Cristiane Marques de Oliveira; e na categoria Circulação – Teatro, venceu: Jeane Doucas, de Viçosa. 
O Prêmio Estímulo integra a política de fomento às artes cênicas da Fundação Clóvis Salgado. Entre seus objetivos está o de incentivar a criação, a montagem e a circulação de espetáculos de teatro e dança. Desde que foi criado, importantes textos foram contemplados pelo Prêmio, com espetáculos que obtiveram sucesso de público e crítica, como Bolsa Amarela, da Zero Cia de Bonecos, Todas as belezas do mundo, da Companhia Clara, e Amores surdos, do grupo Espanca!, entre outros. 
Para a Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, “esse Prêmio, que promove uma real interlocução cultural, atesta o compromisso do Estado com o fomento das artes cênicas, bem como com o fortalecimento da missão da Fundação Clóvis Salgado”.

Apoio estrutural – Além da premiação em dinheiro, os vencedores terão direito a utilizar os acervos de figurinos, adereços e serviços da Fundação, disponibilizados em seu Centro Técnico de Produção. Outra importante contribuição conferida pelo Prêmio aos artistas e grupos é o apoio na divulgação, que será feita pelo Setor de Comunicação da FCS, o que contempla serviços em assessorias web e de imprensa, impressão de programas, cartazes e placa externa a ser afixada na Avenida Afonso Pena. Os espetáculos cumprirão temporadas no Teatro João Ceschiatti, entre quatro e oito semanas. 
Os projetos inscritos foram avaliados por uma comissão composta por seis profissionais ligados às artes cênicas. Da Fundação Clóvis Salgado, participaram os servidores: Cristina Machado, Gerente de Produção Artística; Fabíola Moulin, Diretora de Programação e Gil Amâncio, Professor do Centro de Formação Artística – Cefar. Da sociedade civil, os representantes foram Magdalena Rodrigues, atriz e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão – Sated-MG; Mirian Lott, coordenadora da Funarte em Minas Gerais e Sérgio Abritta, dramaturgo e diretor. 
Segundo Solanda Steckelberg, presidente da FCS, o fomento às artes é uma diretriz primordial de atuação da Fundação e é sua função criar instrumentos públicos e democráticos que permitam aos artistas criar, produzir e exibir suas obras. O Palácio das Artes recebe, desta forma, artistas e público para a imersão em novas criações e experimentações do fazer artístico”.  
Sobre a premiação e as temporadas
A categoria ‘Montagem: Teatro e Dança’ contemplou dois espetáculos inéditos, desenvolvidos por grupos de Belo Horizonte. Os vencedores receberão R$ 70 mil cada, e cumprirão temporada de oito e quatro semanas, respectivamente. 
A categoria ‘Prêmio Marcelo Castilho Avellar: Teatro e Dança’, contemplou coletivos criativos, reunidos pela primeira vez. Os vencedores receberão R$ 35 mil cada, e cumprirão temporada de quatro semanas. Essa modalidade homenageia o jornalista e crítico mineiro falecido em 2012. 
A categoria ‘Circulação – Teatro’ contemplou uma artista da cidade de Viçosa/MG. A vencedora receberá R$ 30 mil e cumprirá temporada de quatro semanas. 
As datas para ensaios, montagens, apresentação e desmontagem para ocupação do Teatro João Ceschiatti serão definidas pela Diretoria de Programação em conjunto com os artistas vencedores. 
Confira abaixo os vencedores e os respectivos espetáculos contemplados: 
Ø  Categoria: Montagem – Teatro
Vencedor: ISSO É PARA DOR 
Sinopse: Três mulheres estão escondidas num lugar onde gritar é proibido: pode ser que alguém escute. Ouve-se um grande estrondo. Sons de explosão. Um refletor despenca no meio do palco. Enquanto o mundo desmorona, Benjamin, Shyrley e Vonda decidem começar sem Margareth, que dorme há mais de uma semana, causando inveja. Nas atuais circunstâncias, o ideal seria dormir o tempo todo. O sono ajuda a passar o tempo, já que é impossível matá-lo. 
Proponente: Variável Cinco Produções Artísticas 
Concepção: Primeira Campainha, um dos mais respeitados coletivos independentes da cena cultural de Belo Horizonte, criado em 2007
Participantes: Mariana Blanco, Marina Arthuzzi e Marina Viana 
Prêmio: R$ 70 mil 

 Ø  Categoria: Montagem – Dança
Vencedor: RASANTE
Sinopse: Espetáculo de dança contemporânea inspirado na obra de Franz Kafka. Criado a partir da investigação física sobre o universo sombrio e personagens do autor tcheco, ‘Rasante’ apresenta, de forma intimista, uma visão do homem contemporâneo em seu constante caminhar à beira do abismo, seu eterno impasse diante de questões como a organização da vida e do trabalho na comunidade humana.
Proponente: Sergio Leite Souza Penna, diretor e bailarino, Bacharel em Direção Teatral pela UFOP, professor de técnicas circenses, dança e expressão corporal das Escolas Profissionalizantes de Dança e Teatro do Cefar. Atua como ator e bailarino dos espetáculos ‘Por Elise’ e ‘Congresso Internacional do medo’, do Grupo Espanca!, entre outros.
 Participantes: Gabriela Christófaro, Lourenço Marques, Bernardo Gondim 
Prêmio: R$ 70 mil 

Ø  Categoria: Teatro - Prêmio Marcelo Castilho Avellar
Vencedor: COMO MATAR A MÃE - 3 ATOS
Sinopse: Reunião de três cenas alinhavadas pelo tema MÃE. As mães serão expostas a partir de um processo colaborativo, que se apóia em dados biográficos dos três atores em cena e da mescla das histórias reais com histórias de grandes mães da literatura. Medeia, as Mulheres de Beckett e de Nelson Rodrigues se fundem às nossas mães reais a fim de se investigar em cena os limites da ficcionalização de si, considerando-se que há de se olhar com desconfiança para as próprias memórias. 
Proponente: Fabiane Aguiar, formada pelo Teatro Universitário da UFMG participou dos espetáculos Morte e Vida Severina (2011/2012), A Pequena Sereia (2010), A Bela e a Fera (2009/2012), Mulheres de Hollanda (2007/2009) e Por esta porta estar fechada as outras tiveram que se abrir (2007), entre outras. 
Participantes: Fabiane Aguiar, Léo Kildare Louback e Soraya Martins 
Prêmio: R$ 35 mil 

Ø  Categoria: Dança - Prêmio Marcelo Castilho Avellar 
Vencedor: PRANCHA COREOGRÁFICA - ESTUDOS PARA INTENSIDADES 
Sinopse: O trabalho foi desenvolvido a partir da metodologia da prancha coreográfica. A pesquisa trata do desenvolvimento de uma partitura pré-determinada verificando as seguintes questões: como três corpos com distintas memórias e hábitos decodificam a mesma informação? Como o tempo interfere na percepção da ação? Como o músico se apropria de uma partitura coreográfica para produzir a música? 
Proponente: Cristiane Marques de Oliveira. Bailarina, foi integrante da Cia. de Dança Palácio das Artes, entre 2001 e 2009. Venceu o prêmio SINPARC/2005, com o espetáculo Coreografia de Cordel. 
Colaboradores e criadores intérpretes: Tuca Pinheiro e Dorothé Depeauw 
Prêmio: R$ 35 mil 

Ø  Categoria: Circulação – Teatro (Viçosa-MG) 
Vencedor: SE EU ESTOU AQUI, EU POSSO ESTAR ALI 
Sinopse: O que é pensar no momento preciso antes do último suspiro? Que pensamentos, memória e lembranças vêm à pessoa neste instante? Talvez cada um responda à sua maneira, ou talvez exista um estado comum que todos experienciamos. Algo que a natureza nos proveu para preparar nossas almas para atravessar daqui pra lá. Talvez seja algo parecido com nascer, já que nascer e morrer são as experiências mais extremas do ser humano. É impossível saber. Esta experiência não é transmissível e somente saberemos quando nossa derradeira hora chegar. Por ora, só podemos imaginar, ou melhor, evitar pensar a respeito para evitar sofrimento, já que o apego natural à vida, nos leva a crer que morrer é a pior experiência da nossa existência.
 Proponente, diretora e intérprete: Jeane Doucas. Possui mais de 25 anos de experiência em teatro, cinema e vídeo como atriz, além de ser diretora, professora, produtora, diretora de arte e figurinista. Já se apresentou em diversas cidades brasileiras e em Atenas, na Grécia. 
Prêmio: R$ 30 mil

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