Festa da Banana agita comunidade quilombola
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João Melo/Empaer
“Até o nosso almoço de
hoje é todo feito com banana: carne seca com banana verde, farofa de
banana e arroz branco”, acrescentou a vice-presidente da Associação da
Comunidade, Maria Renata de Jesus, lamentando a perda da identidade
quilombola. Segundo a presidente Laura Ferreira da Silva, a festa é
"uma forma de agente poder conscientizar as pessoas a continuarem
cultivando as bananas, visto que podemos fazer diversos pratos com a
banana”.
A comunidade possui
cerca de 120 famílias e faz parte do território de Mata Cavalo, um
complexo composto por seis comunidades: Mutuca; Mata Cavalo de Baixo;
Mata Cavalo de Cima; Aguaçú; Capim Verde e Ponte da Estiva. Os
remanescentes de quilombos são beneficiários do Programa Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e
Reforma Agrária (PNATER), supervisionado pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), e aqui em Mato Grosso a Assistência
Técnica e Extensão Rural (Ater) é atendida pela Empresa Mato-grossense
de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
“Aqui nós plantamos um
pouco de tudo para suprir as nossas necessidades, plantamos feijão,
banana, mandioca, cana, abóbora, batata-doce, cará e nós sempre temos o
pessoal da Empaer, que hoje são também nossos amigos, que nos orientam
como plantar melhor, como controlar as pragas e doenças da lavoura,
sempre respeitando o nosso conhecimento popular que aprendemos com
nossos antepassados, sem o uso de venenos, sempre da maneira mais
orgânica possível. Como nós sempre somos convidados a participar de
encontros, seminários e feiras, quando temos excedente de produção nós
aproveitamos para vender tudo. E também eles nos dão, orientações
valiosas sobre o associativismo e cooperativismo”, concluiu Laura.
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