Festa da Banana agita comunidade quilombola


  • João Melo/Empaer
5ª Festa da Banana Quilombola organizada pela Associação da Comunidade Negra Rural Quilombo Ribeirão da Mutuca em Nossa Senhora do Livramento
A 5ª Festa da Banana Quilombola, que encerrou domingo (07), na Comunidade Negra Rural Quilombo Ribeirão da Mutuca, em Nossa Senhora do Livramento, resgatou a cultura afrodescendente dos "papas bananas". A programação incluiu apresentações de capoeira, cururu, siriri, dança afro, feira quilombola com exposição de artesanato regional e subprodutos da banana como a farinha de banana verde, licor, bala, doce e rapadura de banana.
“Até o nosso almoço de hoje é todo feito com banana: carne seca com banana verde, farofa de banana e arroz branco”, acrescentou a vice-presidente da Associação da Comunidade, Maria Renata de Jesus, lamentando a perda da identidade quilombola. Segundo a presidente Laura Ferreira da Silva, a festa é "uma forma de agente poder conscientizar as pessoas a continuarem cultivando as bananas, visto que podemos fazer diversos pratos com a banana”.
 
 
A comunidade possui cerca de 120 famílias e faz parte do território de Mata Cavalo, um complexo composto por seis comunidades: Mutuca; Mata Cavalo de Baixo; Mata Cavalo de Cima; Aguaçú; Capim Verde e Ponte da Estiva. Os remanescentes de quilombos são beneficiários do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER), supervisionado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e aqui em Mato Grosso a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) é atendida pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
“Aqui nós plantamos um pouco de tudo para suprir as nossas necessidades, plantamos feijão, banana, mandioca, cana, abóbora, batata-doce, cará e nós sempre temos o pessoal da Empaer, que hoje são também nossos amigos, que nos orientam como plantar melhor, como controlar as pragas e doenças da lavoura, sempre respeitando o nosso conhecimento popular que aprendemos com nossos antepassados, sem o uso de venenos, sempre da maneira mais orgânica possível. Como nós sempre somos convidados a participar de encontros, seminários e feiras, quando temos excedente de produção nós aproveitamos para vender tudo. E também eles nos dão, orientações valiosas sobre o associativismo e cooperativismo”, concluiu Laura.

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