Ferrovia Norte-Sul vai unir regiões e reduzir custos no transporte de longa distância


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A apresentação do projeto da Ferrovia Norte-Sul e as condições dos modais de transporte do Estado foram pauta de reunião de trabalho, nesta terça-feira (16), no Palácio Piratini, entre o governador Tarso Genro e o ministro dos Transportes, César Borges. A realidade no Rio Grande do Sul constitui-se de 85% de malha rodoviária e apenas 8% de ferroviária. Com as obras de 1,8 mil quilômetros da Norte-Sul, o objetivo é que o percentual da malha ferroviária seja ampliado. O valor da obra entre São Paulo e o município de Rio Grande, no extremo sul do Estado, está orçado em R$ 13 bilhões.
Conforme o ministro César Borges, o Governo Federal tem o projeto de interligar todo o país a uma nova malha rodoviária, e a ferrovia Norte-Sul é considerada a coluna vertebral desta malha. "Ela vai interligar o Rio Amazonas até o município de Rio Grande. Já estamos realizando o processo de estudo de viabilidade técnica e econômica e, depois disso, é realizado o projeto executivo, a licitação e a execução. Posso garantir que a obra está nas prioridades do governo, que irá fazer a interligação seja através de concessão ou de investimentos públicos", disse César Borges.

Para o governador Tarso Genro, a ferrovia também será fundamental para a integração com os países do Mercosul. "Preço, melhor aproveitamento da intermodalidade e a integração do Brasil com o Mercosul. É a partir desses três elementos conceituais que podemos extrair e discutir o traçado, não só de uma maneira eficiente do ponto de vista econômico, mas também de potencialização do desenvolvimento regional", afirmou o governador.

O presidente da Valec - empresa responsável pela abertura da concorrência -, Josias Cavalcante Sampaio, explicou que duas empresas foram contratadas para a realização do estudo de viabilidade de dois lotes. Um lote vai de São Paulo até Chapecó (SC) e o outro de Chapecó até Rio Grande. No trecho que compreende Rio Grande, a empresa contratada deverá avaliar a demanda de cargas, topografia, estudos ambientais, arqueológicos e indígenas. Com base nestes dados, será escolhido o melhor traçado possível e o que seria mais efetivo para a captação de cargas ferroviárias. Os estudos estão em fase inicial e vão até abril de 2014.

Também participaram da reunião equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., e Departamento do Fundo da Marinha Mercante (DFMM).

Malhas rodoviária e hidroviária
O secretário de Infraestrutura e Logística (Seinfra), Caleb de Oliveira, ressaltou durante a reunião que, em relação à malha rodoviária do Estado, uma das prioridades é possibilitar acesso asfáltico aos 104 municípios que ainda não foram assistidos. "Estabelecemos como prioridade concluir 77 obras e no momento temos cerca de 50 desses municípios com as obras concluídas ou bem encaminhadas", disse. O secretário apresentou ainda o conjunto de obras em andamento, no valor de R$ 2,6 bilhões.

Um dos encaminhamentos apontados com sucesso pelo secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, é o licenciamento da Ponte do Guaíba. "A viabilidade do investimento já está assegurada para que seja garantida a próxima etapa, que é a licença de instalação, e cumprido o cronograma anunciado pela presidente Dilma Rousseff", afirmou. Conforme previsão do Dnit, a licitação para a nova ponte deve ocorrer até o mês de setembro.

Para que exista equilíbrio entre os modais de transporte, também foi discutida a ampliação da malha hidroviária, que pode ser utilizada pelo Estado a partir de rios navegáveis ligados ao Lago Guaíba, Lagoa dos Patos e, brevemente, a Lagoa Mirim, mediante a concretização do projeto Hidrovia Uruguai-Brasil do Governo Federal.

Texto: Daiane Roldão da Silva
Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini

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