Faetec recebe mais de 3.800 peregrinos para a JMJ
Cetep de Marechal Hermes é a unidade que abrigará mais participantes
A
um dia do início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de
Janeiro, a Faetec já recebe grande parte dos 3.820 peregrinos de persas
partes do Brasil que vão se hospedar em unidades da instituição do
Governo do Estado para acompanhar o megaevento da Igreja Católica, cujo
protagonista é o Papa Francisco. Apto a receber cerca de mil
participantes, o complexo educacional Cetep Marechal Hermes, na Zona
Norte, é a unidade da Faetec que abrigará mais peregrinos. O espaço de
400 mil metros quadrados hospedará jovens em 13 salas da escola de
Ensino Fundamental, 4 salas do Centro de Idiomas (com acomodações para
portadores de necessidades especiais), quatro salas do Centro Esportivo e
num auditório com capacidade para 450 pessoas.
O
Cetep alugou, ainda, quatro contêineres especiais para suprir a
necessidade de chuveiros para os peregrinos, que farão as refeições no
centro de referência da região: a igreja de Nossa Senhora das Graças,
nas proximidades do mesmo bairro. Acompanhando os participantes, dez
voluntários da JMJ se revezam no local para ajudar no que for
necessário, além de supervisionar o cumprimento das normas da Jornada:
retorno dos peregrinos ao alojamento todos os dias entre 22h e
meia-noite, saída de manhã até 7h30m e respeito à exclusividade da
presença feminina e masculina, em suas respectivas alas. Os voluntários
receberam treinamento bancado pela Secretaria de Segurança (Seseg) em
segurança patrimonial, combate a incêndio, entre outros.
-
A jornada é um evento muito importante. É maravilhoso poder colaborar
com tudo o que vem para a paz - disse Francisco Ribeiro,
coordenador-geral do Cetep Marechal Hermes.
A
gravidez de três meses não foi empecilho para a mato-grossense Elaine
Cristina Vieira, de 30 anos, vir ao Rio ver o Papa Francisco.
Acompanhada do marido, Claudemir, a professora primária viajou de ônibus
por quase 72 horas e está se hospedando no Cetep de Marechal
Hermes, com outros moradores de Alta Floresta (MT). Simples, ela diz que
não se preocupa com o cansaço ou com a alimentação e garante que vai
participar de toda a programação pública do papa.
-
Só trouxe, numa mochilinha, uma cadeira para me sentar quando estiver
muito cansada. E vou comer muitas frutas. Fora isso, confio no
acolhimento. A expectativa de chegar aqui e viver este momento de
profunda espiritualidade e troca deixa para trás qualquer exaustão
- contou Elaine que, junto com o marido, dá apoio a um grupo jovem de
sua paróquia, a Bom Pastor.
Também hospedada
no Cetep Marechal Hermes, a assistente administrativa moradora da
cidade de Apiacás (MT) Ana Paula Rezende, de 22 anos, viajou de ônibus
pelo mesmo período e está ansiosa para a missa e a vigília, no próximo
fim de semana, em Guaratiba. Lá, ela espera enxergar o pontífice, mesmo
que de longe.
- É a simplicidade e a humildade do papa que nos cativou. Isso é um sonho realizado, um presente - disse a moça.
Hospedadas a
poucos metros dali, na paróquia de Nossa Senhora das Graças, as jovens
Ana Paula Ribeiro, de 32 anos, Juciane Teixeira, de 27, e Bruna Fogaça,
de 24, acabaram de chegar e não veem a hora de começar a acompanhar o
papa. Gaúcha, baiana e mineira, respectivamente, o que as une é a fé e o
sentimento comum de gratidão e alegria por poderem participar da JMJ.
-
Tanta gente se reúne em grandes shows para ver bandas ou artistas. Qual
é o problema de nos reunirmos para vermos o papa, que representa a
nossa fé? A acolhida está sendo maravilhosa e os cariocas têm sido muito
solícitos nas ruas e nos estabelecimentos comerciais - opinou a
servidora pública Juciane, que trouxe doces para trocar com outros
peregrinos, em sinal de gentileza e partilha.
-
Foi difícil vir, é uma provação estar aqui, mas para mim é a mão de
Deus, que me chama para uma nova missão. Estamos em Jornada para fazer
um resgate dos valores cristãos na Terra - disse a geógrafa e guia de
turismo Ana Paula, moradora de Porto Alegre e participante do grupo de
oração Marenatha, de renovação carismática.
-
A Jornada será um pisor de águas para o catolicismo no Brasil. Nós,
jovens, podemos mais juntos - afirmou a relações públicas Bruna, que,
mesmo desempregada, conseguiu vir graças à ajuda
financeira da paróquia São Sebastião, em sua cidade, Itabirito (MG).
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