Empresa suíça vai construir fábrica de aviões e helicópteros em Maringá

O governador Beto Richa assinou nesta quarta-feira (17), no Palácio Iguaçu, protocolo de intenções com a Avio Internacional Group, da Suíça, para instalação de uma fábrica de aviões e helicópteros em Maringá, Noroeste do Estado. A empresa vai investir R$ 174 milhões na nova fábrica e criar mais de mil empregos.

A Avio foi enquadrada no Paraná Competitivo, programa de incentivos do governo estadual, que já atraiu mais de R$ 20 bilhões em novos investimentos, com a criação de 136 mil empregos com carteira assinada, em todas as regiões do Estado.

“O acordo com a empresa mais uma vez demonstra a eficiência da política de industrialização e de atração de novos investimentos para o Estado”, afirmou o governador. Richa disse ao presidente da Avio, Luigino Fiocco, que o grupo irá se orgulhar por optar pelo Paraná, pois atingirá seus objetivos e terá retorno garantido. “Nosso objetivo não é só atrair empresas, mas que elas prosperem e possam ampliar seus investimentos aqui”, disse o governador.

Luigino Fiocco afirmou que o Paraná foi uma escolha estratégica, pelo destaque que o Estado tem, no Brasil, na questão da industrialização e por possuir uma lei específica para o setor aeronáutico. “O time do governo também demonstrou eficiência e agilidade, dando as condições ideais para que pudéssemos realizar imediatamente este investimento e com previsão de crescimento”, acrescentou o empresário.

Para o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, o empreendimento consolida Maringá como um polo de tecnologia. “Toda a região vai ganhar com a atração desta indústria. O governador Beto Richa demonstra bom senso ao descentralizar os novos investimentos que chegam no Paraná. Antes, só a região de Curitiba recebia empresas grandes como esta”, disse Pupin.

FÁBRICA - As obras para implantação da fábrica iniciam no ano que vem e devem ser finalizadas em 2015. A empresa será instalada em uma área de 90 mil metros quadrados, no entorno do aeroporto de Maringá. Serão produzidos helicópteros de dois lugares (SK-1 Twin Power) e aviões acrobáticos de dois lugares (F22 Pinguino). Também serão fabricadas peças e ofertados serviços de manutenção de equipamentos.

“Vamos fabricar aeronaves inovadoras, perfeitas para treinamento e atuação policial na defesa e controle de território”, explicou Luigino Fiocco. A indústria terá capacidade de produção de até 600 helicópteros e 200 aeronaves por ano. Além do mercado brasileiro, a Avio planeja vender para países da América do Sul, Estados Unidos e Canadá.

POLO AERONÁUTICO - O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, ressaltou que o investimento da Avio faz parte do processo de implantação de um polo de aeronáutica e defesa no Paraná. Segundo ele, o objetivo é que o Estado se torne uma opção para futuros investidores do setor, que focarão o Brasil como oportunidade, após decisão, do Governo Federal, de investir R$ 100 bilhões em defesa nos próximos 20 anos.

“Muitas empresas estarão buscando lugar para estabelecerem seus investimentos e nós estaremos prontos para recebê-los. Queremos colocar o Paraná no mapa dos investimentos em aeronáutica e defesa no país”, disse.

POLO INDUSTRIAL - Uma recente reunião de Governo do Estado definiu Maringá como o local para a instalação do polo. A prefeitura reservou uma área no novo parque industrial da cidade para a instalação do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que poderão fazer a certificação e os ensaios dos materiais. Além disso, o Centro Universitário Cesumar e a Universidade Estadual de Maringá negociam parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), para a abertura de cursos da área já no ano que vem.

“Maringá possui cerca de 50 mil universitários. Queremos fazer com que este capital humano continue empregado e se fixe na cidade, com oportunidade de bons salários”, afirmou o prefeito Pupin. A prefeitura investe R$ 100 milhões no parque industrial, que será o segundo maior do Estado, atrás apenas de Curitiba.

Além do Paraná Competitivo, o governo estadual conta com uma lei específica para incentivar a cadeia produtiva aeronáutica. Chamada de Paranaéreo, a lei garante benefícios diferenciados para empresas de projeto, engenharia, manutenção, peças e montadoras de aeronaves civis e militares. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) também garante que todo investimento do setor tenha, como opção de financiamento, linhas de créditos especiais para investirem no Estado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Boletim Sesacre desta quarta, 29, sobre o coronavírus

Gestão de Gladson Cameli encerra 2021 com grandes avanços na Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura

Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa da Polícia Civil do Pará intensifica ações e aproxima a população de seus serviços