Dissertação aborda corpo e subjetividade na construção de uma modelo

“A construção de uma modelo: corpo, prática e subjetividade”, é o tema da dissertação da mestranda Lara Virgínia Saraiva Palmeira, que será defendida na próxima quinta-feira (11). Promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da UFPE, a defesa acontece às 14h30, no auditório localizado no 13º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas(CFCH).
O trabalho teve orientação da professora Lady Selma Ferreira Albernaz e terá participação das professoras Judith Chambliss Hoffnagel (PPGA) e Jaileila de Araújo Menezes (Psicologia) formando a banca examinadora.
ResumoEsta dissertação aborda aspectos da subjetividade de jovens aspirantes à modelo, levando em conta os conceitos de agência, enunciado por Sherry Ortner, e as fantasias de poder, nos termos de Henrietta Moore. Foca nos modos de pensar, de agir, de sentir dessas jovens a partir do processo de transformação relacionada ao “tornarem-se modelos”. Procurou-se repensar sobre o lugar delas enquanto sujeito dentro das estruturas de poder e de dominação nas quais estão inseridas. Para tanto, contextualizou o campo da moda e sua cadeia produtiva no cenário cearense, bem como histórico da profissão e das agências de modelo, numa visão panorâmica do seu surgimento às suas características nos dias atuais. Detém-se particularmente na agência de modelos New Faces, onde se realizou o trabalho de campo, com destaque para entrevistas semi-estruturadas, observação participante de eventos de moda e cotidiano da agência. Os saberes e as práticas envolvidas na profissão também foram abordados, antes de relacioná-los com o modo de pensar, sentir e agir das modelos. O corpo foi um dos eixos analíticos mais importantes na investigação e análise dos dados. Os resultados sugerem que as jovens entrevistadas consideram como uma evolução as mudanças que incorporaram para tornarem-se modelos, com realce a características pessoais como amadurecimento, desenvoltura nas relações interpessoais, aprimoramento de etiqueta (boa educação) e cuidados de si (maquiagem, forma de vestir, uso de assessórios). Associaram também o crescimento pessoal ao profissional, de maneira que foi lá, na agência de modelos New Faces, que muitas afirmaram ter aprendido a trabalhar e ser responsáveis e disciplinadas.

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