Dia 11 de julho: paralisações e atos pelo Brasil



Muita desigualdade social e corrupção. Direitos como transporte público, educação e saúde continuamente desrespeitados e tratados como mercadoria. Direitos sociais básicos que ao invés de produzirem condições dignas de vida para trabalhadores e suas famílias, na sociedade capitalista, produzem prioritariamente lucro para poucos.

E para produzir esse lucro, devem atender a maior quantidade de pessoas pelo menor custo possível. Passamos isso diariamente como trabalhadoras e trabalhadores da educação. Mínima quantidade de professores, de escolas e de materiais para a máxima quantidade de alunos possível. Dinheiro retirado da educação pública que é gasto no que eleitoralmente parece interessar mais, do asfalto ao pagamento de dívidas, dinheiro usado para gerar ganhos efetivos para poucos.

Todo esse cenário de muita pobreza para muitos e de muita riqueza para poucos é da própria natureza do capitalismo e do seu Estado. Não é à toa que de 2010 para 2013 o Brasil saltou de 18 bilionários para 56 bilionários brasileiros. Nós, trabalhadores, produzimos muita riqueza, porém, ela é acumulada por poucos. De tempos em tempos algum agravamento das nossas condições de vida pode servir como estopim para desencadear manifestações e revoltas da população. A revolta que vimos no último mês não é, portanto, inexplicável.

Foi assim com o aumento da passagem em São Paulo e com a consequente repressão violenta da polícia a mando do Estado. PSDB e PT, Alckmin e Haddad juntos reprimindo manifestantes que resolveram protestar contra um aumento de R$0,20 em um serviço tão precário quanto o transporte público de São Paulo.

Esses elementos foram suficientes para que várias insatisfações encontrassem o momento para se manifestarem nas ruas de todo país através das vozes, cartazes e faixas de milhares de trabalhadores em formação (estudantes) e de trabalhadores. No dia 20 de junho, um milhão e 450 mil pessoas foram às ruas protestar. No total, foram mais de 370 cidades que tiveram manifestações em todo país.

Toda essa movimentação fez com que surgisse um terreno mais fértil para outras manifestações. Para o dia 11 de julho, várias centrais sindicais e outras organizações convocam um dia de greve geral, paralisação ou atos buscando colocar dessa vez uma pauta geral dos trabalhadores.

Nós do SISMMAC, junto com o Conselho de Representantes, decidimos que nessa data ficaria inviável qualquer mobilização por parte da categoria, visto que é a véspera do início do nosso recesso, o que por si só dificultaria qualquer ação. Mas, no segundo semestre, há uma grande possibilidade de ações concretas já que temos vários problemas acumulados em nossa categoria.

Porém, estamos enviando por email e por rede social um documento que faz uma análise das manifestações de junho em todo país e sobre o dia 11 de julho.

Esse documento é o boletim nacional da Intersindical, organização sindical que tem por princípio e prática a autonomia frente a partidos políticos, independência frente a patrões e governos e a retomada do trabalho de base a partir dos locais de trabalho e com formação política. Linhas políticas que a atual direção do SISMMAC concorda e tenta aplicar na prática na atual gestão

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