Deputados abordam federalização da RSC-470 e sustação de ato do Executivo referente a ICMS
Foto: Marcelo Bertani
No período das Comunicações da sessão plenária desta terça-feira
(16), os parlamentares se manifestaram sobre a aprovação, ocorrida pela
manhã na Comissão de Constituição e Justiça, de parecer favorável a
requerimento contra ato normativo do Executivo, responsável pela
cobrança de um diferencial de alíquota de 5% de ICMS sobre as
mercadorias vindas de outros estados para as micro e pequenas empresas
optantes do Simples Nacional. Temas como o anúncio da federalização da
RSC-470 e o projeto de construção da ferrovia Norte-Sul também estiveram
em debate.
Ronaldo Santini (PTB) comemorou anúncio do
ministro dos Transportes sobre a federalização da RSC-470, que liga os
portos de Itajaí e Rio Grande. Segundo o parlamentar, a campanha é
coordenada pela Associação das Entidades Representativas da Classe
Empresarial da Serra Gaúcha e da Associação dos Municípios da Encosta
Superior do Nordeste. Santini acrescentou que essa era uma demanda
importante, para a qual foram coletadas mais de 100 mil assinaturas.
Agora, na opinião do parlamentar, é preciso garantir os recursos para a
obra junto à bancada gaúcha federal.
Lucas Redecker (PSDB) fez referência à matéria de
capa do Jornal NH de hoje, segundo a qual Novo Hamburgo conta apenas com
uma ambulância do Samu. O deputado afirmou que isso é algo muito sério,
uma vez que a cidade, com 250 mil habitantes, é referência do Vale dos
Sinos. Segundo ele, há ambulâncias quebradas no município, aguardando
pelo conserto. O parlamentar também prestou homenagem aos 100 anos do
município de Bom Jesus. Fez ainda considerações sobre a situação das
obras da Rota Caminhos da Neve.
Raul Carrion (PCdoB) fez um relato a respeito das
duas audiências públicas realizadas ontem sobre a Ferrovia Norte-Sul,
promovidas em conjunto pelas comissões de Assuntos Municipais e de
Economia e Desenvolvimento Sustentável, nas cidades de Frederico
Westphalen e Passo Fundo. Segundo o deputado, há o compromisso de que a
ferrovia venha até o Porto de Rio Grande, havendo dois trajetos já
sugeridos. Ele acrescentou que também há demanda no sentido de que haja
um ramal até Uruguaiana, ligando a ferrovia com o Mercosul. De acordo
com o deputado, esse debate foi apresentado ao ministro dos Transportes e
ao governador Tarso Genro, em reunião hoje pela manhã.
Miki Breier (PSB) registrou o lançamento do
Seminário Mercosul Cidadão ocorrido ontem, na Assembleia Legislativa de
Santa Catarina. O evento será nos dias 21 e 22 de agosto, em Chapecó.
Segundo o deputado, a intenção é avançar no debate para além do comércio
do Mercosul, envolvendo aspectos culturais e educacionais. O
parlamentar lembrou ainda que há resistência, por parte do Paraguai,
quanto ao seu retorno ao bloco, em virtude da suspensão unilateral
imposta contra esse país.
Paulo Borges (DEM) abordou a grave situação da
saúde pública brasileira. “Contamos hoje com um SUS extremamente capenga
e deficitário”, apontou. O deputado lembrou que a classe médica está
mobilizada e reivindica um plano de carreira, solicitação que foi
rejeitada pela presidente Dilma Rousseff. O parlamentar fez ainda uma
análise da aplicação do orçamento em saúde, que, segundo ele, está
abaixo do previsto. Borges fez críticas ao Programa Mais Médicos, pois,
segundo ele, não há falta de médicos no Brasil, mas sim, suporte e
infraestrutura para o trabalho, e ao veto parcial do Executivo à lei do
ato médico.
Zilá Breitenbach (PSDB) afirmou que há grande
preocupação em relação ao avanço tecnológico do estado na área da
biotecnologia. Nesse sentido, a parlamentar defendeu que os servidores
da Fepagro recebam reajuste salarial, aos moldes do que ocorreu com
outras categorias. Ela afirmou que o secretário da Agricultura, Luiz
Fernando Mainardi, foi sensível e irá verificar a situação. “Eu defendo a
Fepagro porque acredito que é uma instituição que promove
desenvolvimento”, disse.
Frederico Antunes (PP) registrou que hoje, Dia do
Comércio, o setor do varejo do estado pôde comemorar a aprovação, na
Comissão de Constituição e Justiça, de um requerimento de sua autoria
contra ato normativo do Executivo responsável pela cobrança de um
diferencial de alíquota de 5% de ICMS sobre as mercadorias vindas de
outros estados para as micro e pequenas empresas optantes do Simples
Nacional. Segundo o parlamentar, essa diferença de alíquota penaliza e
desregula o setor, gerando o fechamento de empresas e a demissão de
trabalhadores.
Raul Pont (PT) fez comentários a respeito da
aprovação do requerimento de Antunes na CCJ. Segundo o deputado, é
fundamental compreender que um governo não administra o estado apenas
para um setor, mas sim para o conjunto da atividade econômica. O
parlamentar também ressaltou que a opção pelo Simples Nacional ou pelo
Simples Gaúcho é da escolha da empresa, que pode preferir manter-se no
sistema geral, com seus direitos e obrigações próprios. Para o deputado,
o requerimento pretende retirar a equalização realizada pela Fazenda
para não prejudicar a indústria do Rio Grande do Sul. “Essa medida é
nefasta e negativa à economia do Rio Grande do Sul”, disse.
Edson Brum (PMDB) respondeu às críticas de Pont à
aprovação do parecer favorável ao requerimento de Antunes na CCJ.
Segundo o deputado, pela fala do colega, parece que o Rio Grande do Sul
vai bem, o que é um equívoco. “O que nós queremos é a manutenção de 189
mil empregos diretos que as micro e pequenas empresas geram. Queremos
que elas permaneçam abertas para continuar gerando, além do emprego,
receita para o estado do Rio Grande do Sul”, afirmou, referindo-se à
aprovação de requerimento do deputado Antunes na CCJ.
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