Conselhão defende reforma política e uso dos royalties do petróleo para o piso dos professores
O governador Tarso Genro destacou que o Conselhão passa a cumprir, também, uma função orientadora do Governo com essa enquete. "Vamos juntar e sintetizar com a consulta popular que estamos realizando e formar daí uma posição para operar politicamente, a partir do Governo", enfatizou Tarso, citando consulta do Gabinete Digital sobre reforma política, que já conta com 140 mil votos.
As motivações que levaram milhares de brasileiros às ruas nas últimas semanas e as políticas públicas que permeiam a pauta da imprensa e opinião pública foram discutidas pelos conselheiros. "As verdadeiras mudanças ocorrem nas crises. As ruas protestam para o fim do modelo econômico a serviço da minoria do mundo", ressaltou a conselheira Lourdes Dill.
A Câmara Temática da Educação entregou uma documentação ao governador Tarso Genro reivindicando o pagamento do Piso Salarial dos Professores e valorização profissional na área. Os conselheiros sugerem que os recursos dos royalties do petróleo a serem direcionados para educação sejam prioritariamente encaminhados para pagamento do piso nacional dos professores. O governador Tarso Genro comprometeu-se a responder, por escrito, a carta e salientou alguns avanços do governo na área, como o reajuste de 76% concedido aos professores.
Referência internacional A visibilidade e o papel do órgão foram destacados pelo secretário-executivo do Cdes-RS, Marcelo Danéris, que coordenou a reunião. "Queremos aproveitar este debate hoje para ouvir como a sociedade representada percebe as manifestações de rua e o que ela espera que o governo faça", ressaltou. Danéris comunicou a vinda da Prêmio Nobel da Paz, Leymah Gbowee, ao Estado, em setembro, para conhecer a experiência do Conselhão gaúcho. A liberiana, indicada ao prêmio em 2011, é conhecida internacionalmente por sua atuação junto a crianças que lutaram na guerra civil de seu país.
Pesquisa Durante o Pleno, os conselheiros responderam a seis perguntas sobre os principais pontos da Reforma Política, a qual tem a aprovação de 98% dos integrantes do Cdes-RS. A fidelidade partidária é defendida por 89% e 83% dos conselheiros são favoráveis à convocação de uma Constituinte exclusiva para votar a reforma política. Confira a enquete completa:
Você é a favor de uma reforma política?
1. Sim 98%
2. Não 02%
Você é a favor que o atual Congresso Nacional realize a reforma ou prefere que sejam eleitos representantes exclusivos para realizá-la?
1. Congresso atual 17%
2. Constituinte exclusiva 83%
Como deve ser o financiamento de campanha?
1. Exclusivamente público (Fundo partidário) 67%
2. Permite contribuição de empresas e pessoas físicas 15%
3. Apenas pessoas físicas 18%
As alianças entre os partidos, nas eleições, devem ter:
1. Unidade nacional nas coligações 33%
2. Nacional e regional (modelo atual) 67%
Você é a favor de que tipo de voto:
1. Como é hoje, diretamente no nome do candidato 42%
2. Voto em lista, organizada pelos partidos 21%
3. Misto, em lista com nome do candidato avulso 36%
Você concorda que os eleitos possam trocar de partido durante o mandato?
1. Sim 11%
2. Não 89%
Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini
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