Como tratar as doenças do labirinto?
Chamadas genericamente - e erroneamente - de labirintites, os problemas que afetam a audição e o equilíbrio têm diversas causas e tratamentos.
Estima-se que cerca de 42% dos
adultos queixam-se de tontura em pelo menos alguma
época de suas vidas. Tontura é o termo que
representa genericamente todas as
manifestações de desequilíbrio
corporal. As tonturas estão entre os sintomas mais
frequentes em todo o mundo e, em cerca de 85% dos casos da
sua ocorrência, a origem é labiríntica.
"Labirintite" é um termo popular
usado normalmente para indicar distúrbios
relacionados com o equilíbrio e a
audição. Assim sendo, uma labirintite pode
significar tontura, vertigem, zumbido, desequilíbrio
e varias outras formas de mal estar. “Porém, o
termo correto a ser usado é
‘labirintopatia’, que significa, na verdade,
‘doença do labirinto’”, explica a
Dra. Rita de Cássia
Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e
Otoneurologista de Curitiba, PR.
O ouvido possui dois componentes
delicados: a cóclea, aparelho responsável pela
audição e o aparelho vestíbular,
responsável pelo equilíbrio do corpo. Juntos,
a cóclea e o aparelho vestíbular formam o
labirinto. Quando acontece alguma forma de comprometimento
em algum desses sistemas – separadamente ou juntos
– o indivíduo sentirá, inevitavelmente,
sintomas como vertigens, tonturas, zumbidos, ou
desequilíbrio. “Esses sintomas acontecem porque
o nosso cérebro capta informações
erradas sobre a nossa posição no
espaço, que são criadas pelo labirinto
enfermo, e como resultado, existe uma
‘alucinação de movimento' com
sensação de rotação do corpo ou
do ambiente chamada de vertigem, explica Rita.
A
especialista comenta que várias são as causas
das doenças que atingem o labirinto. Doenças
pré-existentes como diabetes, hipertensão ou
reumatismos, podem ser uma das causas dos problemas no
labirinto. Assim como a utilização em demasia
de alguns remédios, como antibióticos e
antiinflamatórios, que podem alterar as
funções do ouvido.
“Também podemos citar as
alterações bruscas na pressão arterial,
infecções por bactérias ou
vírus, o excesso de cafeína, álcool,
tabaco ou demais drogas, problemas na coluna cervical ou na
mandíbula, estresse, problemas psicológicos...
As causas podem ser as mais variadas, por isso é
preciso um estudo profundo para descobrir de onde
começaram a surgir os incômodos”,
ressalta a médica. Para tratar das labirintopatias,
Rita diz que o tratamento pode ser
dividido em três etapas. Na primeira que seria a crise
aguda de vertigem trata-se os sintomas, que é o que
realmente incomoda o indivíduo. Na segunda etapa,
trata-se a causa do problema, e na terceira, trabalha-se na
reabilitação do labirinto.
Dra. Rita de Cássia
Cassou Guimarães (CRM 9009)
Otorrinolaringologista,
otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica
pela UFPR
Blog:
http://canaldoouvido.blogspot.com
Email:
ritaguimaraescwb@gmail.com
Telefone: 41-3225-1665
Endereço: Rua João Manoel, 304
Térreo, Bairro São Francisco, Curitiba
PR.
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