Casildo Maldaner diz que reforma política foi 'bode na sala' do Congresso
Da Redação
Maldaner disse que considera a reforma política "de fundamental importância", mas observou que a reforma tributária "recebeu o apoio incontestável das manifestações".
- Ademais, é reconhecida pelo conjunto da sociedade como vital para a consolidação do crescimento do país - argumentou.
Maldader também lamentou que nenhum gesto tenha sido feito pelo governo federal no sentido de promover uma reforma administrativa baseada na boa gestão e na redução de seus custos. Para o senador, o governo federal é uma “paquidérmica máquina administrativa”, com quase um milhão de servidores e 39 ministérios, custando aos cofres públicos mais de R$ 192 bilhões anuais.
Esse montante seria muito superior ao destinado a investimentos. Em 2012, lembrou, a dotação para investimentos foi de R$ 114 bilhões, dos quais apenas 40% foram executados (pouco mais de R$ 45 bilhões), Mas para administrar a máquina pública, comparou, foram gastos R$ 192 bilhões.
Outros problemas a serem atacados de imediato seriam o pacto federativo, que necessita de novas regras de distribuição de recursos; os índices inflacionários, que seguem em “níveis alarmantes”, sem uma política econômica governamental que os controle; e a retração contínua da indústria brasileira.
Vontade política
Para Maldaner , o Senado Federal, com a aprovação da pauta
prioritária, deu “provas inequívocas” de que, quando há vontade
política, as reformas avançam. Ele apontou a aprovação de projetos
importantes como a destinação de recursos para a educação, a inclusão da
corrupção no rol de crimes hediondos, o fim do voto secreto no
Parlameno - duas propostas sobre o assunto tramitam no Congresso - e a
alteração das regras para a suplência de senador.Essa mesma vontade política deveria ser usada, ponderou Maldaner, para debater a revolução do desenvolvimento, com saúde, educação, segurança, mobilidade e crescimento econômico. O senador sugeriu que os parlamentares aproveitem os dez ou 12 dias que terão fora neste mês de julho para refletir e ouvir suas bases. Assim, no início de agosto, quando retornarem ao trabalho, poderão fazer com que mais ações sejam colocadas em prática.
- Temos que encontrar caminhos, dar uma resposta a essas questões que estão aí, procurar corresponder ao anseio das pessoas – declarou, sugerindo à presidente Dilma Rousseff que, neste período, faça um enxugamento dos gastos públicos, reduzindo, por exemplo, o número de ministérios. Só então seria possível dedicar todos os esforços à reforma eleitoral.
Agência Senado
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