Atração de novas empresas para o mercado de capitais

O último painel do evento promovido pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e pela ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas) que aconteceu no dia 04 de julho, na FECOMERCIO, foi marcado por boas notícias. Sob o tema "Atração de novas empresas para o mercado de capitais”, Bruce Mescher, sócio da Deloitte, deu início ao debate apresentando a pesquisa realizada pela Deloitte em parceria com o IBRI. O estudo retrata os entraves e benefícios para a abertura de capital de pequenas e médias empresas. "As empresas emergentes do Brasil reconhecem que a abertura de capital é importante para a economia do país, entretanto muitas ainda têm a visão de que é uma ação complexa, pouco acessível e de que ainda não estão maduras o suficiente para dar esse passo”, comenta Mescher.
O levantamento foi realizado com 73 empresas com faturamento até R$ 1 bilhão. Mescher destacou entre os principais pontos da pesquisa que 62% das empresas consultadas ainda consideram que o IPO no Brasil é inacessível para as PMEs, o que coincide com o fato de 93% dos participantes destacarem que o processo ainda não é uma experiência relativamente simples, com questões como os custos relacionados e a necessidade de estímulos, como políticas de incentivo fiscal e menores exigências para listagem. "Apesar dessas barreiras, onde temos muito a fazer, quase a maioria esmagadora (90%) considera a abertura de capital essencial para o bom andamento da economia do país”, ressalta. Outro aspecto observado no estudo está relacionado com a maturidade das empresas e o planejamento. "A visão das empresas sobre a própria maturidade mostra que a sua estruturação interna, em termos de Governança Corporativa, gestão profissionalizada e transparência nas demonstrações financeiras, é uma questão fundamental para as que pretendem abrir capital. Para elas, mais do que o momento certo no mercado é o momento da empresa, sua maturidade, esse desafio ficou muito claro”, explica o sócio da Deloitte. Para Cesar Lucas, sócio da PwC, no que diz respeito aos custos é necessário desmistificar o conceito, pois as empresas precisam criar a consciência de se tratar de um investimento, onde as levará para um outro patamar. Adriana Sanches, gerente de produtos e serviços da BM&F Bovespa também concorda com os pontos abordados no estudo e acrescenta que a Bovespa está preparando, por meio de um grupo técnico, um conjunto de medidas para desenvolver o mercado de acesso para as PMEs. "Haverá ainda sugestões para reduzir os custos para as companhias, como a revisão, por parte da CVM de taxas de registro,  bem como as exigências para publicação em jornais dos avisos da oferta e das demonstrações financeiras”, conclui.

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