Aloysio Nunes: manifestações não pediram plebiscito sobre reforma política
Da Redação
Ao
criticar a proposta de plebiscito sobre reforma política, o senador
Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que "as manifestações não pediram isso".
Ele também afirmou que a iniciativa "é "insensata" e disse que "o
Congresso, piedosamente até, vai sepultando a ideia". Para ele, os
últimos acontecimentos revelam uma sequência de erros por parte do
governo.
– A presidente Dilma Rousseff, que é
uma pessoa correta e tem uma história de retidão, não merece isso –
declarou o senador durante pronunciamento em Plenário nesta sexta-feira
(5).
Para Aloysio, a ideia do plebiscito
surgiu devido às preocupações de Dilma Rousseff como candidata à
reeleição e diante de um descontentamento que já aparecia antes das
manifestações e que se confirmou com os protestos. Ele se referia à
evolução da popularidade da presidente nos índices de pesquisas que,
conforme ressaltou, apontaram recentemente uma queda "vertiginosa".
– Mas, se olharmos com uma lupa os
cartazes e bandeiras em todo o país, não encontraremos um único, nem que
seja um cartaz de cartolina, que peça tal plebiscito – afirmou.
Na opinião de Aloysio, a proposta de
Dilma Rousseff tem o objetivo de desviar a atenção da população "dos
reais problemas do país". E mostra que a presidente "se lançou com
absoluta falta de contenção nessa iniciativa, como se a reforma política
fosse uma espécie de jogo de cabra-cega, em que os meninos pegam o que
lhes passa pelas mãos".
– Ela foi orientada por maus
conselheiros, que deveriam ter sido demitidos – criticou, acrescentando
que "a ideia é um fracasso retumbante".
Por outro lado, o senador reconheceu
que o Congresso também está envolvido em um "frenesi legislativo para
atender a voz das ruas". As respostas a essas demandas, avaliou ele,
exigem "boa gestão, bom governo, governos honestos, eficientes, que
atendam a questões como saúde pública e transporte coletivo".
Agência Senado
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