Sociedade civil deve buscar desenvolvimento sustentável, diz embaixador
Em audiência pública da Comissão Mista
Permanente sobre Mudanças Climáticas, nesta quarta-feira (16), o
embaixador André Correa do Lago, diretor do Departamento do Meio
Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores,
afirmou que “o desenvolvimento sustentável não pode ser imposto pelos
governos: tem que contar com a participação da sociedade civil”. Segundo
ele, “o desenvolvimento sustentável só pode ser paradigma efetivo do
desenvolvimento futuro se a sociedade civil tiver o interesse, o
entusiasmo e as ações para que isto possa acontecer”.
A audiência pública foi uma iniciativa conjunta da Câmara e do Senado, tendo como tema os preparativos para a Conferência Rio+20, cujo foco é o desenvolvimento sustentável. Para o diplomata, esse tipo de desenvolvimento, a partir da conferência, pode se tornar “o paradigma efetivo para o desenvolvimento mundial” por dois motivos: a ameaça da mudança do clima e a possibilidade real de erradicação da pobreza.
O embaixador declarou que os padrões de produção e consumo são insustentáveis para um planeta que pode chegar a 10 bilhões de habitantes em 2050. Ele defendeu que o crescimento do consumo não será proporcional ao aumento da população. “Se China, Índia, Brasil e Indonésia tirarem as pessoas da pobreza, elas estarão consumindo muito mais”, afirmou.
O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) disse não acreditar na mensuração
do progresso e do desenvolvimento captada apenas pelo Produto Interno
Bruto (PIB) e pelos Índices de Desenvolvimento Humano. Segundo o
parlamentar, esses índices não contemplam de forma adequada a questão da
sustentabilidade ambiental. Os novos indicadores, para ele, devem
contemplar aspectos econômicos, sociais e ambientais.
A diretora de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Karen Suassuna, defendeu as ações do governo brasileiro na adoção de uma economia verde inclusiva, com foco na erradicação da pobreza e no uso racional dos recursos naturais. Ela mencionou diversos programas do governo brasileiro centrados no desenvolvimento sustentável, como o Fundo Clima, a Política Nacional de Mudança do Clima, a Bolsa Verde e o Programa Nacional para Produção Sustentável.
A audiência pública foi uma iniciativa conjunta da Câmara e do Senado, tendo como tema os preparativos para a Conferência Rio+20, cujo foco é o desenvolvimento sustentável. Para o diplomata, esse tipo de desenvolvimento, a partir da conferência, pode se tornar “o paradigma efetivo para o desenvolvimento mundial” por dois motivos: a ameaça da mudança do clima e a possibilidade real de erradicação da pobreza.
O embaixador declarou que os padrões de produção e consumo são insustentáveis para um planeta que pode chegar a 10 bilhões de habitantes em 2050. Ele defendeu que o crescimento do consumo não será proporcional ao aumento da população. “Se China, Índia, Brasil e Indonésia tirarem as pessoas da pobreza, elas estarão consumindo muito mais”, afirmou.
Arquivo/ Gustavo Lima
Sirkis: a mensuração do progresso não pode se dar apenas pelo PIB e pelos Índices de Desenvolvimento Humano.
A diretora de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Karen Suassuna, defendeu as ações do governo brasileiro na adoção de uma economia verde inclusiva, com foco na erradicação da pobreza e no uso racional dos recursos naturais. Ela mencionou diversos programas do governo brasileiro centrados no desenvolvimento sustentável, como o Fundo Clima, a Política Nacional de Mudança do Clima, a Bolsa Verde e o Programa Nacional para Produção Sustentável.
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