Secretaria de Saúde alerta para período da campanha de vacinação contra gripe

A menos de dez dias para o final da campanha, Minas registra 45,8% de cobertura vacinal
Pedro Cisalpino
Ideal é que, no mínimo, 80% da população alvo receba a vacina, que protege contra a H1N1
Ideal é que, no mínimo, 80% da população alvo receba a vacina, que protege contra a H1N1
O dia 25 de maio é a última oportunidade para as pessoas se imunizarem contra a Influenza, durante a Campanha de Vacinação. O ideal é que, no mínimo, 80% da população alvo receba a vacina, que protege contra a gripe sazonal e a Influenza A (H1N1). Somente neste ano, seis pessoas foram acometidas pela H1N1, sendo que uma das vítimas foi fatal.
Em 2012, a população prisional também faz parte do público alvo da campanha, que abrange, ainda, os idosos acima de 60 anos, os povos indígenas, as gestantes e as crianças de seis meses a menores de dois anos, além dos trabalhadores de saúde das unidades que fazem atendimento para influenza, totalizando um público estimado em 3.089.288 pessoas em Minas Gerais.
A campanha anual de vacinação tem contribuído, ao longo dos anos, para a prevenção da gripe nos grupos imunizados, além de apresentar redução das internações hospitalares, mortalidade evitável e gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias.
“Nosso objetivo é proteger a parcela da população que corre mais risco de ter a doença na forma mais grave”, afirma a coordenadora estadual de Imunização, Tânia Brant, da Secretaria de Estado de Saúde.  “A campanha foi ampliada para a população prisional, pois as condições de habitação e confinamento deste público colaboram para uma maior vulnerabilidade frente às doenças imunopreveníveis”, completa.
Cobertura vacinal em Minas Gerais
Conforme orientações do Ministério da Saúde, a meta em Minas Gerais é vacinar 2.471.185 pessoas, o que corresponde a 80% do público alvo da campanha. Até o momento, foram aplicadas 1.414.881 doses, o que corresponde a 45,8% de cobertura vacinal.
De acordo com dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), uma das melhores coberturas vacinais ocorre no grupo de crianças. Atualmente, foram vacinadas 208.515 crianças menores de dois anos, o que corresponde a 55,06%. Já o grupo de gestantes foi o que teve a menor adesão até agora, com 41,81% da população esperada, ou seja, apenas 79.158 das 189.333 gestantes compareceram aos postos de saúde para receber as doses da vacina.
A doença
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.
As infecções respiratórias agudas constituem um conjunto de doenças frequentes e tem maior incidência em pessoas com idade superior a 60 anos e crianças, sendo o vírus da influenza um dos principais agentes etiológicos destas doenças.
Sintomas e tratamento
Os sintomas da gripe, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, rinorréia (secreções pelo nariz), tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia (dor muscular) e cefaleia (dor de cabeça).
A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte.
Prevenção
A prevenção ainda é a maior arma contra a propagação da Influenza e as medidas são simples:
Lavar as mãos com água e sabão;
- Evitar tocar a boca, olhos e nariz sem lavar as mãos;
- Seguir a etiqueta respiratória – utilizar lenços de papel descartável para cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar (caso não haja lenço de papel, tossir ou espirrar contra o braço);
- Não reutilizar lenços de papel e evitar o uso de lenços de pano;
- Evitar compartilhar utensílios e alimentos, inclusive toalha de rosto;
- Manter portas e janelas sempre abertas para a boa circulação do ar;
- Manter disponível sabonete, álcool gel e papel toalha.
Influenza H1N1
Em 2012, até o momento, foram confirmados seis casos de Influenza A (H1N1) em Minas Gerais, com um óbito. Belo Horizonte, Minas Novas, Poços de Caldas e Timóteo registraram um caso da doença, cada um, enquanto em Uberlândia foram confirmados dois casos. O óbito ocorreu em Poços de Caldas. Em 2011, foram confirmados 28 casos da doença e quatro mortes.
Para que a situação não se agrave é muito importante que toda a população alvo seja vacinada e, assim, seja interrompida a disseminação do vírus.
Os sintomas da Influenza A (H1N1) mais importantes são febre repentina, tosse e dor de garganta, sendo que dificuldade respiratória (falta de ar) é um sinal de piora do quadro clínico. Também é possível que a pessoa acometida pela doença sinta dores musculares, cansaço, calafrios, perda de apetite, dor de cabeça, coriza, espirros, diarréia ou vômitos e dores abdominais.
Algumas situações podem facilitar a transmissão da Influenza A (H1N1), como ambientes fechados e com pouca ventilação; grandes aglomerações de pessoas; falta de higienização das mãos; compartilhamento de utensílios (copos, talheres, pratos, toalhas de rosto) e alimentos e o contato próximo com outras pessoas.

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