Raiva humana e animal é tema de encontro em Londrina


O encontro é destinado aos profissionais da saúde e de áreas afins e tem como objetivo discutir, elaborar e propor condutas de prevenção, profilaxia e condutas sobre a raiva
A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), promovem amanhã (8), a Jornada Norte Paranaense sobre Raiva Humana e Animal. O evento será realizado das 8h às 12h e das 13h30 às 18h no Auditório Milton Alcover, da Sociedade Rural do Paraná, localizado na avenida Tiradentes, 6.275, região oeste.

Os debates são destinados aos profissionais da saúde, especialmente, médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios da 17ª Regional de Saúde, agrônomos, veterinários, zootecnistas, geógrafos, biólogos, engenheiros ambientalistas e aos profissionais de turismo e ecoturismo.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Antônio de Souza, o objetivo da jornada é discutir a prevenção, a profilaxia e as condutas relacionadas à raiva; propor ações com base no protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde para os casos suspeitos, sob investigação e confirmados da doença e, ainda, sugerir a elaboração de um sistema de informação integrado entre os serviços envolvidos.

A enfermeira e gerente de Vigilância Epidemiológica de Londrina, Léia Pereira, explicou que no país tem se observado o aumento de casos de raiva animal, porém há muitos anos não se tem registro de raiva humana, no Paraná. “A raiva de cães e gatos está controlada, mas em todo o país percebe-se o aumento de casos de raiva em eqüinos, caprinos e gado, animais que o homem tem contato, além dos animais silvestres. Este evento pretende ser uma capacitação para melhoria de atuação e um alerta para profissionais que trabalham direta ou indiretamente na área”, comentou.

Já para o professor de Zoonose e Saúde Pública do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da UEL, Italmar Teodoro Navarro, o evento é de extrema importância, porque foi pensado em cima de uma necessidade. Ele alerta que a raiva tem se mostrado presente não só no Brasil, mas no mundo todo.

“Devido ao crescimento urbano, os animais silvestres tem se aproximado mais do homem e, consequentemente, a raiva tem estado mais próxima do ser humano. O objetivo fundamental do evento é uniformizar o protocolo de atenção a animais e seres humanos que tiveram contato com animais contaminados ou apresentem sintomas da doença. Isso é necessário para que todas as instituições e profissionais da área de saúde possam falar a mesma linguagem ao lidar com os casos”, destacou o professor.

Palestrantes


O evento terá palestrantes dos estados de São Paulo e Paraná. São eles:
Neide Yumie Takaoka: médica epidemiologista, diretora-geral do Instituto Pasteur de São Paulo e Presidente da Comissão Estadual de Coordenação do Programa de Controle da Raiva de São Paulo.

Elzira Jorge Pierre: médica veterinária responsável pela área de Raiva e EET da Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA) e pelo Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (DEFIS); Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAAB) e Membro da Comissão Permanente do Controle da Raiva no Paraná.

Márcia Zinelli da Silveira Pereira: médica veterinária e coordenadora do Programa Estadual de Controle da Raiva, da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), e membro da Comissão Permanente do Controle da Raiva no Paraná.

Sobre a raiva

A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que compromete o Sistema Nervoso Central (SNC). Trata-se de uma encefalite, em geral, de evolução rápida. É uma zoonose, ou seja, é transmitida pelo animal aos humanos através da mordedura, arranhadura ou lambedura.

Na maioria dos casos, os transmissores são cães e gatos. Porém, vários outros mamíferos podem transmitir a doença. A mortalidade da raiva humana é de quase 100%, por isso o trabalho é muito importante no controle e na prevenção da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a raiva humana é uma doença passível de ser eliminada no ciclo urbano pela existência e disponibilidade de medidas eficientes de prevenção tanto em relação ao homem quanto à fonte de infecção. As principais fontes de infecção no ciclo urbano são o cão e o gato. No Brasil, o morcego hematófago é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre.

Promoção

A Jornada Norte Paranaense sobre Raiva Humana e Animal é promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Diretoria de Epidemiologia e Informações em Saúde (DEPIS) em parceria com a Universidade Estadual de Londrina, através da Divisão de Assistência da Saúde da Comunidade (DASC).

O evento tem apoio do Núcleo de Epidemiologia do Hospital Universitário da UEL; da 17ª Regional de Saúde do Paraná; da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná; da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento; do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Londrina (CRMV); de representantes dos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e Geociências da UEL; de representantes dos cursos de Agronomia e Enfermagem da Unifil e de representantes do curso de Medicina Veterinária da Unopar.

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