Primeiro encontro pré-conferência reforça preparação colaborativa de seu conteúdo
Os presentes puderam dialogar com o Instituto Ethos sobre os conteúdos e as formas de participação na Conferência Ethos e na Rio+20.

Na quinta-feira passada (26/4), empresas associadas ao Instituto Ethos e outras lideranças engajadas com a sustentabilidade se reuniram em São Paulo para entender o preparo e as oportunidades trazidas pela Conferência Ethos Internacional 2012, evento que vai acontecer de 11 a 13 de junho, com o tema: “A Empresa e a Nova Economia. O Que Muda com a Rio+20?”. Os presentes puderam dialogar com membros do instituto sobre os conteúdos e as formas de participação na Conferência Ethos e na Rio+20, conhecendo em detalhes os mecanismos de interação tanto em seu planejamento quanto durante sua realização.

Conversaram com os presentes, da parte do Ethos, seu vice-presidente, Paulo Itacarambi, e os gerentes-executivos Emílio Martos, de Mobilização, e Henrique Lian, de Relações Institucionais. Itacarambi lembrou a todos que a escolha de centrar a Conferência Ethos 2012 na influência da Rio +20 sobre a vida das empresas foi uma decisão tomada em conjunto com 36 entidades parceiras do instituto. Estas já participaram da organização da Conferência Ethos anterior e seguem no trabalho colaborativo de pensar e preparar o maior encontro de responsabilidade social empresarial do país.

O vice-presidente também ressaltou que, em mais de dez anos de trabalho, o Ethos conseguiu influir na cultura empresarial brasileira e agora intensifica os passos em direção a mudanças efetivas. “As empresas que efetivamente têm feito mudanças em sua gestão deveriam ser premiadas. Esse reconhecimento pode acontecer na próprias cadeia de valor dessas organizações”, defendeu Itacarambi, referindo-se à escolha criteriosa de fornecedores, um dos fatores que constam da Plataforma por uma Economia Inclusiva, Verde e Responsável, lançada pelo Ethos em fevereiro de 2011. Com esta iniciativa, o Instituto está construindo de forma participativa uma agenda de transição para a nova economia. “A Conferência Ethos estará a serviço desse trabalho, aproveitando a proximidade da Rio+20 para engajar mais pessoas, ao mesmo tempo que as prepara para os debates que acontecerão na capital fluminense”, disse Itacarambi.

Esforços conjuntos


O vice-presidente do Ethos destacou, em seguida, o empenho dos grupos de trabalho do instituto, que acompanham os compromissos das empresas e sugerem os avanços necessários, dentro de seis estratégias centrais: aperfeiçoar as práticas trabalhistas; influenciar as políticas públicas; promover inovação; promover valores; mobilizar nacionalmente; e mobilizar globalmente. “Precisamos mudar o ambiente também. Mudar apenas as pessoas não é suficiente”, declarou ele, lembrando que ao final da Conferência Ethos será lançada a União Global pela Sustentabilidade.

Itacarambi falou também da qualidade dos palestrantes e convidados para a Conferência Ethos e o quanto isso contribuirá para a reflexão e compreensão das questões-chave do encontro promovido pela ONU logo depois. Emílio Martos aproveitou a ocasião para apontar que haverá, no evento do Ethos, mais de uma mesa em um mesmo horário e que será preciso fazer escolhas. “Uma boa ideia é fazer as inscrições de funcionários ou representantes, evitando duplicar a presença da empresa num mesmo espaço. O ideal é dividirem-se entre as discussões de interesse”, comentou, lembrando que podem faltar vagas. “Estamos preparando uma ‘tsunami’ de conteúdo”, disse Martos.

Ele divulgou os esforços da organização para equilibrar a qualidade do conteúdo, das discussões e da infraestrutura, com o anseio de facilitar ao máximo a participação de todos os interessados. “Existem preços diferenciados para estudantes, micro e pequenos empresários e para ONGs. No caso destas últimas, se tiverem sede no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, contam com 50% de desconto no valor da inscrição”, exemplificou.

Martos lembrou também a existência de pacotes para inscrições em lotes de 20, 50 e 100 participantes e para a realização de eventos próprios, paralelamente às salas oficiais. “Estas são boas oportunidades para envolver clientes e fornecedores e presenteá-los com a chance de uma compreensão aprofundada sobre os desafios atuais e uma boa preparação para a Rio+20”, observou o executivo.

Atividades preparatórias

Henrique Lian assumiu a condução da conversa na sequência, fazendo um esclarecedor relato dos encontros mundiais pelo meio ambiente e desenvolvimento sustentável da ONU e todos os preparativos que eles envolvem. “Não tem como os chefes de Estado fecharem em apenas cinco dias acordos vinculantes partindo do zero. Assim, textos prévios são preparados para então serem lidos e alterados durante os encontros”, explicou. “Para dar transparência ao processo, este ano a ONU recebeu sugestões de todo o mundo e as reuniu em um “rascunho zero”. A consulta resultou em 6.000 páginas, condensadas em 20, que com comentários e alterações somam 200 no momento”. O especialista contou que a redação da proposta envolve muito cuidado com os termos usados e que os países negociam em bloco: Europa, Estados Unidos, Japão, Austrália, Pequenas Ilhas e G77 mais China (grupo que envolve 135 países, incluindo o Brasil).

Os convidados puderam fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas, tanto sobre a Conferência Ethos como sobre a Rio+20. Ficou claro para todos que não haverá desenvolvimento sustentável se as empresas não aderirem massivamente e trabalharem por esse objetivo.

O Instituto Ethos quer subir o padrão de envolvimento das empresas e seguirá realizando atividades preparatórias para as duas conferências, incluindo eventos de mobilização como esse de 26/4, assim como reuniões e consultas aos parceiros, patrocinadores e aos grupos de trabalho, de forma a produzir um caderno de subsídios para todos os temas dos painéis-oficinas de seu encontro anual.

A participação é gratuita e a programação será publicada na agenda do site do Instituto Ethos.

Por Neuza Árbocz, para o Instituto Ethos

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