Presídio de Taquara oferece trabalho para todos os presos do regime fechado
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  • Confecção de peças proporciona redução da pena e renda de até R$ 500,00.
Uma parceria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) com a iniciativa privada tornou-se referência em trabalho prisional para o sistema carcerário no Rio Grande do Sul. Em Taquara, distante 72 quilômetros de Porto Alegre, todos os 160 presos do regime fechado do Presídio Estadual estão trabalhando na produção de chaveiros, fivelas, botons e fechos. A produção chega a 6 milhões de peças produzidas por mês. O som no local lembra o de uma indústria, já que toneladas de metais são movimentadas diariamente para a entrega dentro do prazo.
Para o administrador da casa prisional, Evandro Oliveira Teixeira, a parceria com a iniciativa privada representa uma vitória também para sociedade, não só pela renda obtida pelos presos, que é revertida para ajudar no sustento da família, como para promover a paz no ambiente da cadeia. "Não houve mais registro de ocorrência de indisciplina desde que viabilizamos trabalho aos apenados", enfatiza Teixeira. "Além disso, nosso foco é investir na inserção social acreditando no trabalho prisional", acrescenta.
Conforme o apenado D.F, 32 anos, a oportunidade de trabalhar dá a chance de "o preso se redimir da culpa que sente por ter cometido algo errado contra a sociedade". A pena é reduzida em um dia para cada três dias trabalhados, conforme determina a legislação, e a carga horária é de oito horas diárias, com intervalo para o almoço.
Alta produtividade As peças prontas são exportadas para todo o Brasil, explica o diretor da Metalúrgica Flocar LTDA., Daniel Spindler. Segundo ele, a produtividade dos presos é maior do que a dos trabalhadores não presos. "O ganho é baseado na produtividade: quanto mais peças montadas, mais dinheiro na conta, que pode chegar a R$ 500,00 por mês", diz. Para Spindler, o diferencial está na redução de custos operacionais para os empresários. "Sei que vou entregar e buscar as peças no mesmo local, não há preocupação com horários de trabalhos ou faltas. Confio na agilidade e qualidade do trabalho prisional", afirma.
Texto e foto: Neiva Motta

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