Pedido de quebra do sigilo telefônico de subprocuradora aguarda votação

Anderson Vieira
A quebra do sigilo telefônico da subprocuradora da República, Cláudia Sampaio, está entre os 171 requerimentos a serem analisados pela CPI mista que investiga a relação de Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados.
Mulher de Roberto Gurgel, procurador-geral da República, Claudia Sampaio é acusada de ter se omitido ao receber da Polícia Federal o inquérito da operação Vegas, finalizada em 2009.
A iniciativa da proposta partiu do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), que protocolou o requerimento na quinta-feira (10). Segundo ele, o delegado federal Raul Alexandre Marques de Souza, responsável pela Operação Vegas, informou à CPI que os autos foram remetidos ao Ministério Público em 15 de setembro de 2009, sendo repassados em seguida à subprocuradora, que nenhuma providência tomou a respeito. “O delegado foi claro ao afirmar que o inquérito contém elementos suficientes para incriminar o senador Demóstenes Torres e os deputados Carlos Leréia e Sandes Júnior”, justifica o senador. O pedido refere-se à quebra de sigilo telefônico a partir de 21 de maio de 2009.
À Agência Senado, Sérgio Souza disse, na manhã desta segunda-feira (14), que não tem a intenção de, pelo menos por enquanto, chamar a subprocuradora para falar à Comissão Parlamentar de Inquérito.
– Por enquanto, a quebra do sigilo telefônico é suficiente. Só a partir destas informações saberemos se será necessário ouvi-la. Pela imprensa, ela já disse que está disposta a vir, caso necessário – afirmou.
Sérgio Cabral
Também aguardam deliberação dois requerimentos para a convocação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Um deles é do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que pede ao chefe do Executivo fluminense que esclareça a relação que mantém com a construtora Delta, “um dos mais importantes braços da organização criminosa liderada por Cachoeira”.
O segundo requerimento partiu do deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), para quem “a convocação do governador tornou-se inevitável depois da divulgação de uma série de fotos e vídeos em momentos de descontração com Cavendish”. O parlamentar refere-se a Fernando Cavendish, dono da Delta, que se afastou do comando da empresa no mês passado. Em seu requerimento, o deputado registra que a Delta já recebeu R$ 1,5 bilhão em contratos com o governo do Rio de Janeiro na gestão de Sérgio Cabral.
Os requerimentos são apreciados nas reuniões administrativas da CPI mista. A próxima está marcada para a quinta-feira (17), às 10h, na sala 2 da Ala Nilo Coelho do Senado Federal.
Agência Senado

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