Detentos trabalham em reformas no Presídio Estadual de Lajeado e dão exemplo de sustentabilidade
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  • Construção de um muro de 250 metros em torno da casa prisional é uma das atribuições dos presos
Escolhidos por suas habilidades na área da construção civil, em média 20 apenados trabalham nas reformas do Presídio Estadual de Lajeado, distante 120 quilômetros de Porto Alegre. O grupo faz parte de um total de 302 detentos que cumprem pena em regime fechado na instituição.

As obras envolvem construção de um muro de 250 metros em torno da casa prisional, pinturas das galerias e colocação de novas concertinas (arame farpado). Na parte dos fundos do presídio há, ainda, uma fábrica de blocos de concreto produzidos pelos próprios presos para erguer o muro. A areia e brita são doadas pelo Conselho da Comunidade, prefeitura e Ministério Público.

O administrador, Júlio César Dias Carpes, conta que foram escolhidos presos em função de sua experiência na área. "A maioria deles frequentou aulas realizadas aqui na instituição pelo Senai", afirmou. De acordo com Carpes, já foram ministrados cinco cursos profissionalizantes, com a formatura de 65 presos.

Desenvolvimento sustentável Os presos desenvolveram também iniciativas para preservação ambiental. Eles realizam a separação do lixo, construíram fossas de resíduos e galpão de reciclagem que comporta 500 quilos de materiais. "As embalagens plásticas e os papelões são revendidos para uma empresa recicladora", destaca o apenado L.T, 38 anos, uns dos responsáveis pela separação dos materiais. "A renda é revertida para melhorias no presídio", afirmou.

O mestre de obras, C.S, 42 anos, reconheceu que trabalhar na cadeia é uma oportunidade única. "Além de exercer o ofício que eu fazia antes da prisão, ainda somos beneficiados com a remição da pena". O coordenador do projeto, reformas e manutenção do Presídio Estadual de Lajeado, Andreo Camargo, destacou o empenho dos trabalhadores em executar uma obra de qualidade. "Eles são ágeis e, até agora, não registramos nenhum ato de desmotivação. A intenção em concluir o projeto é visível".

No presídio também foi implantado um posto de observação para o pátio externo. Um agente penitenciário é designado a monitorar o local durante horário de visitas com o objetivo de evitar fugas pelo telhado.

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