Conferência estadual defende direitos da criança e do adolescente

Oitenta delegados representarão Alagoas na Conferência Nacional, de 11 a 14 de julho, em Brasília

por Marcos Jorge e Rodrigo Cortez
Fotos: Adailson Calheiros
Secretária Kátia Born fala na abertura da Conferência Estadual
A Secretaria da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos (SEMCDH), por meio da Superintendência de Políticas para a Criança e o Adolescente e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), realizou nesta sexta-feira (11) a 9ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, no Centro de Convenções e Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá.
A secretária da Mulher, Katia Born, ressaltou a importância da conferência para as crianças e adolescentes do Estado. ‘’Em nossas conferências municipais, fizemos debates com as crianças perguntando o que elas queriam, e a resposta em sua maioria era que queriam ser cidadãs, ter lazer, uma família unida. Portanto, esta conferência veio com um perfil diferente, para repararmos a criança com bons e focados olhos, em todos os aspectos’’, disse.
Katia disse ainda que a ajuda às crianças é papel do poder público, e desde que o governador Teotonio Vilela criou a Superintendência da Criança e do Adolescente, está sendo colocado para a sociedade que, se não for percebida a criança neste momento, o futuro do adolescente e do jovem pode ser prejudicado.
Fábio Feitosa, que esteve no evento representando o Conanda – Controle Social da Efetivação dos Direitos – falou sobre a mobilização, implementação e monitoramento da política estadual e nacional e o plano decenal de direitos humanos de crianças e adolescentes. ‘’Construir a política é pensar na política como um todo; esse será o grande desafio dos conselhos estaduais e municipais. Dentro dessa política temos dois objetivos principais: pensar a partir das políticas sócias básicas universais que são saúde, esporte e educação; o outro e importante foco é a participação dos adolescentes nas conferências. Esse tem sido o nosso desafio e o diferencial das conferências’’, afirmou.
O superintendente de Políticas para Crianças e Adolescentes, Cláudio Soriano, ficou feliz com o resultado da Conferência Estadual após percorrer todo o Estado. ‘’Dos 102 municípios, nós conseguimos que 91 fizessem as conferências municipais. Todos os delegados que estão presentes trouxeram as discussões que foram feitas nesses municípios. Assim, escolhemos três propostas de cada eixo para levarmos à Conferência Nacional de Brasília’’, informou.
Para o estudante Mateus Eduardo Correia, 14 anos, de São Miguel dos Campos, a conferência é o momento de apresentar propostas em defesa dos direitos da criança e do adolescente. “Todos os dias penso nas mães que perdem seus filhos para o mundo das drogas, penso nos adolescentes que choram nas entidades e abrigos e que clamam para serem ouvidos e imploram por uma oportunidade. Eu vou lutar, não assistirei a tudo isso sem propor minhas ideias”, assinalou.
Foram realizadas as seguintes palestras: Promoção dos Direitos de Crianças e Adolescentes, por Raquel Niskier, da Sociedade Brasileira de Pediatria; Proteção e Defesa dos Direitos, por Cláudio Soriano, Superintendente da Criança e do Adolescente/SEMCDH e Presidente do Cedca; Protagonismo e Participação de Crianças e Adolescentes, por Fábio Feitosa, do Conanda; Controle Social da Efetivação dos Direitos, por Wéliton Vasconcelos, vice-presidente do Cedca; e Gestão da Política Municipal, Estadual e Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, novamente com Wéliton Vasconcelos. Os trabalhos foram coordenados pela secretária adjunta da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Juliana Vergetti. Foram eleitos 80 delegados que representarão Alagoas na Conferência Nacional, que ocorrerá em Brasília no período de 11 a 14 de julho.
Oficina de Educomunicação
Numa iniciativa do Conanda, meninos e meninas realizaram cobertura jornalística educomunicativa para mostrar a conferência do ponto de vista de seus protagonistas. A estudante Mariana Buarque, 16 anos, participante do projeto Replicadores na TV II, falou sobre a sua participação na conferência. “Está sendo muito importante fazer a cobertura desta conferência, já que está servindo para integrar a sociedade, onde os próprios adolescentes terão voz para opinar sobre as leis e seus direitos”, disse a estudante.
Outra estudante, Ericka Santos, 15 anos, falou entusiasmada sobre as entrevistas realizadas na conferência. “A opinião das autoridades nas entrevistas é muito legal para sabermos qual é o ponto focal que eles acham estar faltando nas leis, e o que deve ser respeitado nas crianças e adolescentes”.

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