Cisternas podem ajudar a atingir metas do milênio
Por RedaçãoTN/PNUD/PrimaPagina
O armazenamento e o reaproveitamento da água da chuva podem ajudar no cumprimento de sete dos oito ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015.A estratégia de baixo custo, geralmente colocada em prática por meio de cisternas, tem sido bem-sucedida em assegurar o abastecimento para consumo humano — especialmente durante períodos de seca nas áreas rurais — e pode ser considerada uma fonte segura de água potável.
Por RedaçãoTN/PNUD/PrimaPagina
O armazenamento e o reaproveitamento da água da chuva podem ajudar no cumprimento de sete dos oito ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015.A estratégia de baixo custo, geralmente colocada em prática por meio de cisternas, tem sido bem-sucedida em assegurar o abastecimento para consumo humano — especialmente durante períodos de seca nas áreas rurais — e pode ser considerada uma fonte segura de água potável.
As
conclusões são do estudo Tecnologias de Baixo Custo para o Cumprimento
dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: O Caso do Armazenamento de
Água da Chuva, publicado pelo Centro Internacional de Políticas para o
Crescimento Inclusivo (CIP-CI), órgão do PNUD em parceria com o governo
brasileiro. A iniciativa, segundo a pesquisa, ajuda a erradicar a
extrema pobreza e a fome (como prevê o ODM 1), a atingir o ensino
básico universal (ODM 2), promover a igualdade entre os sexos e a
autonomia das mulheres (ODM 3), reduzir a mortalidade na infância (ODM
4), melhorar a saúde materna (ODM 5), garantir a sustentabilidade
ambiental (ODM 7) e estabelecer parcerias para o desenvolvimento (ODM
8).
O funcionamento das cisternas é simples. A
água da chuva que cai é desviada no telhado ou em lajes por meio de
calhas ou canaletas (que podem ser feitas de bambu, plástico, metal) e
armazenada em um tanque geralmente feito com cimento. Os reservatórios
têm capacidade entre 5 m³ e 50 m³, em média, de acordo com o estudo.
“No
semiárido brasileiro, uma estrutura de 40 m² no topo de um telhado pode
capturar e armazenar 16 mil litros de água limpa. Isso é o suficiente
para satisfazer a demanda de água potável de uma família de cinco
pessoas durante os meses de seca. Na região, a construção de uma
cisterna custa cerca de US$ 800 (aproximadamente R$ 1.400)”, afirma o
texto.
No país, o programa 1 Milhão de Cisternas
já beneficiou, desde 2001, cerca de 1,5 milhão de pessoas em estados
como Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Alagoas e Sergipe. O projeto é financiado em maior parte pelo
governo federal, mas a iniciativa privada e órgãos como o PNUD
contribuem com a ação.
“As cisternas certamente
cumprem um papel muito importante no semiárido brasileiro, garantindo
um mínimo de água potável para beber e cozinhar às famílias que antes
dependiam de fontes de água não seguras, e muitas vezes distantes do
domicílio”, avalia a pesquisadora brasileira Raquel Tsukada, que divide
a autoria do estudo com Christian Lehmann e o assistente Acácio
Lourete, também brasileiro.
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