Ação do Exército Boliviano na fronteira traz ao Acre Embaixador do Brasil em La Paz



Produtores do assentamento Triunfo em Plácido de Castro dizem não ter motivos para reclamar da nova morada (Foto: Nonato de Souza/Assessoria Sesp)
Produtores do assentamento Triunfo em Plácido de Castro dizem não ter motivos para reclamar da nova morada (Foto: Nonato de Souza/Assessoria Sesp)
O Embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, esteve no último final de semana em visita aos municípios de Capixaba e Plácido de Castro, na fronteira do Acre com a Bolívia, para se inteirar do episódio envolvendo homens do Exército Boliviano e produtores rurais que moram na região de fronteira, em território boliviano.
Antes de vir ao Brasil, Marcel Biato participou de uma reunião no Consulado Brasileiro em Cobija, Capital do Pando, com o Secretário de Segurança Pública do Acre, Reni Graebner, o secretário adjunto de segurança Pública, Ermício Sena, cônsul, funcionários e advogada do consulado.

Durante a reunião foi debatida a atuação do Exército Boliviano em ação militar na região de fronteira (Capixaba-Acre), sem comunicado às autoridades brasileiras. Por intermédio do comandante do 4° BIS, Danilo Mota Alencar, e do delegado da Polícia Federal, Edmilson dos Santos Barbosa, o embaixador recebeu informações detalhadas da incursão do Exército Boliviano em território brasileiro.
Ao final do relato, o embaixador avaliou que o “prejuízo diplomático” está no fato de a operação militar boliviana não ter sido comunicada às autoridades brasileiras e garantiu: “Ao contrário do que vem sendo afirmado pelos brasileiros que moram em terras bolivianas, não existe nenhum acordo em relação a datas para que todos saiam da região”.
O embaixador, no entanto, confirmou o acordo com as autoridades de La Paz para a transferência das famílias brasileiras que ocupam a região. “Está em curso o projeto de reassentamento desses produtores em terras brasileiras. O Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) está executando o projeto”, disse.
Informalmente, foram discutidas outras questões que envolvem o reassentamento dos brasileiros que vivem na área de fronteira, no lado da Bolívia. Uma delas diz respeito à transferência, para o lado brasileiro, do rebanho criado por essas famílias em terras bolivianas. A preocupação das autoridades diz respeito à saúde dos animais, já que o Acre é atualmente zona fora de risco de aftosa, o que permite ao estado exportar carne para mercados internacionais.

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